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domingo, 13 de abril de 2025

SANTA CRUZ - RECONQUISTOU A GALERA

William Alves revela como fez para reconquistar a confiança da torcida tricolor

William Alves, zagueiro do Santa Cruz  - Foto: Matheus Ribeiro/Folha de Pernambuco

Jogador falou com exclusividade para Folha de Pernambuco


Santa Cruz tem um grande exemplo de resiliência e dedicação dentro do próprio vestiário. Ao retornar ao clube para a sua terceira passagem, o zagueiro William Alves viu uma grande rejeição ao seu nome. 

O jogador explicou como sua ética de trabalho e a confiança nos profissionais que ali estavam foram fundamentais para reconquistar a confiança do torcedor coral. 

Retorno

O anúncio do retorno do atleta de 37 anos pegou todo mundo de surpresa. Inclusive, foi feito durante uma coletiva do treinador Itamar Schülle, que recentemente deixou o clube. A reação da torcida não foi das melhores, que ainda tinha uma imagem manchada do jogador durante a difícil temporada de 2021, que culminou no último rebaixamento à Série D. 

Mesmo sabendo a opinião dos torcedores, William explicou o porquê de aceitar o desafio.  

“Quando eu recebi a proposta do Santa já sabia da rejeição da torcida, mas eu estava disposto porque entendia que poderia ajudar o clube. Eu sabia do potencial que tinha de ajudar, por conhecer o clube, a torcida, saber os desafios e as dificuldades que a gente ia enfrentar e me via capacitado para isso”, disse. 

Parceria 

Contudo, outro fator foi fundamental para selar essa volta: a confiança e amizade com o treinador Itamar. 

“Acho que o primeiro fator para ir bem foi a confiança do Itamar e a minha própria confiança. Eu acreditava muito no trabalho do Itamar, já que a primeira temporada que a gente trabalhou juntos (2020), tivemos bons números, mas infelizmente não conseguimos títulos ou acesso, mas fomos muito consistentes em termo de números e campanhas”, relembrou o zagueiro. 

Sobre a relação com o antigo treinador, William revelou tristeza pela saída do profissional, e ainda ressaltou a transparência e a honestidade de Schülle no dia a dia.  

“Sou suspeito para falar sobre o Itamar. Tenho muito respeito e carinho por ele, por tudo que ele fez por mim nessa volta, são poucos aqueles que compram uma briga pelo jogador. O legado do Itamar dentro do Santa Cruz é muito grande, o momento que ele pegou foi muito delicado”. 

“Ficamos muito tristes com a saída dele, principalmente por todo que ele fez por nós. A passagem dele no Santa, não só eu, mas todo mundo daqui do clube, não tem o que falar (negativamente) do Itamar”, concluiu. 

Coberto de respaldo, o defensor assumiu a titularidade na zaga tricolor e foi um nome presente em todos os 12 jogos oficiais do Santa Cruz até aqui na temporada. “A gente tem que trabalhar muito no dia a dia, porque a confiança ela tem que ser renovada constantemente, provando nos jogos, a torcida do Santa é muito exigente”, começou.

“Atingimos todos os objetivos propostos para essa primeira parte da temporada, restando apenas o título do Estadual. Agora vamos em busca do acesso, estamos em busca de melhorar para ajudar o Santa nesse Série D que se inicia daqui a pouco”, concluiu o camisa 4.

Encaixe

A temporada iniciou com um revés duro de lidar: a eliminação na Pré-Copa do Nordeste, diante do Treze, no Arruda. As críticas recaíram no elenco e William também foi um alvo. 

Após poucos jogos, Itamar promoveu mudanças e Matheus Vinícius entrou ao lado de William Alves, no confronto diante do Petrolina, ainda na segunda rodada do Pernambucano. A partir desse momento que se formou a melhor dupla de defesa do último Estadual. 

“Concordo com a análise que eu e o Matheus Vinícius encaixamos bem, os números provam isso, fomos a melhor defesa no Pernambucano. Eu vejo muito pela mescla, ele é um jogador mais jovem, mais rápido, tem uma imposição física boa e eu mais experiente, mais posicional, tentando ajudar nas orientações e liderança”. 

Presente 

Com a chegada do novo treinador do Santa Cruz, o carioca Marcelo Cabo, William acredita que o clube está bem servido na função, com alguém de currículo para ajudar. Essa será a primeira vez que os dois vão trabalhar juntos. 

“Conheço o Marcelo Cabo de ter enfrentado algumas vezes. Peguei algumas referências como jogadores que já jogaram com ele e foram as melhores possíveis. Vai ser alguém que vai ajudar muito nesse semestre, com um currículo que fala por si só, tem um modelo de jogo que pode nos ajudar com o que o Santa quer nessa Série D”, afirmou. 

O Santa Cruz está no Grupo A3, com Central, Treze, Sousa-PB, Ferroviário-CE, Horizonte-CE, Santa Cruz-RN e América-RN. Para o zagueiro, a disputa será grande pelas quatro vagas no mata-mata. 

“Analisando todos os grupos, acho que o nosso é o mais forte, o que tem mais campeões estaduais e outras equipes que fizeram boas campanhas, o próprio Ferroviário saiu para o Fortaleza num jogo muito igual”, exemplificou.

“Que o torcedor entenda que é um grupo difícil, que vamos precisar do apoio deles nos jogos em casa, nos momentos difíceis que iremos passar, que eles possam estar ao nosso lado, como sempre estiveram, com recorde de público, sabemos da força deles”. 

Por Ayrton Niño

  

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