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quarta-feira, 9 de abril de 2025

COMBATE AO CRIME

PF deflagra nova etapa de operação contra corrupção no sistema penitenciário; ex-gestor é preso

Operação La Catedral tem como alvo esquema de favorecimentos no presídio de Igarassu, no Grande Recife


A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (8) a segunda etapa da Operação La Catedral, que apura corrupção no sistema penitenciário de Pernambuco.

Na ação, o ex-gestor André Albuquerque, afastado da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap-PE), em dezembro de 2024, foi preso. A PF também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
 
Todos os mandados foram expedidos contra uma organização criminosa instalada no sistema penitenciário do Estado. 

Na residência do suspeito, foram apreendidos arma funcional, celulares e um veículo AmaroK, que pode ter sido comprado com dinheiro do esquema. 
 
Em fevereiro deste ano, a PF começou a desvendar um esquema de favorecimentos no Presídio de Igarassu, no Grande Recife. 
 
A Seap-PE ressaltou que o ex-gestor já tinha sido afastado da administração estadual. A pasta salientou, ainda, que o comando da operação é da PF.
 
Entenda o esquema 
 
A organização criminosa, formada por detentos e policiais penais que atuavam no Presídio de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, é alvo da Operação La Catedral. 
 
A ação investigou práticas ilícitas dentro da unidade prisional, como tráfico de drogas, corrupção e favorecimento indevido a presos.
 
A investigação teve início após a identificação de um interno que exercia controle sobre diversas atividades criminosas de dentro da prisão, com o apoio de servidores do sistema penitenciário.
 
Segundo as apurações, policiais penais teriam recebido vantagens indevidas para facilitar a entrada de objetos proibidos e manipular informações em sistemas internos, beneficiando diretamente alguns detentos. 

"A medida, autorizada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco após manifestação favorável do Ministério Público Estadual, tem como base elementos probatórios robustos obtidos no curso de inquérito policial", dise a PF, nesta terça. 
 
A PF disse também que o cumprimento das ordens judiciais, que inclui prisões preventivas e busca e apreensão, "tem por objetivo preservar a ordem pública, garantir a eficácia da persecução penal e impedir a obstrução da coleta de provas, considerando a posição de destaque funcional de alguns dos investigados à época dos fatos".  

Primeira etapa 
 
Na primeira etapa, em fevereiro deste ano, mandados de busca e apreensão, além de afastamentos de função e o sequestro de bens dos investigados.
 
As ações ocorrem em sete cidades: Recife, Paulista, Goiana, Carpina, Abreu e Lima, Itapissuma (todas em Pernambuco) e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. 
 
Os investigados poderão responder por crimes como tráfico e associação para o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção, prevaricação, facilitação de entrada de aparelhos telefônicos em estabelecimento prisional e participação em organização criminosa.


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