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quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

SEGURANÇA PÚBLICA

Quem é "Magnata", líder do Sindicato do Crime, que foi preso em resort de luxo em Porto de Galinhas
                                                                     Divulgação/PCPE

 Segundo investigação, Alan Marcos Zico Fonseca da Silva, o Magnata, é conselheiro da maior facção criminosa do Rio Grande do Norte

 

Apontado como liderança do Sindicato do Crime, a principal facção criminosa do Rio Grande do Norte, o traficante Alan Marcos Zico Fonseca da Silva, conhecido como “Magnata”, de 36 anos, foi preso em um resort de luxo em Porto de Galinhas, Litoral Sul de Pernambuco, na manhã de segunda-feira (6).

Em relatório da Coordenadoria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, obtido pelo Diario de Pernambuco, Magnata é descrito como “conselheiro” da facção criminosa e com “alta” periculosidade. Ele fazia parte da lista de criminosos mais procurados daquele estado.

Além do apelido “Magnata”, o foragido também ostentava as seguintes alcunhas: “Alan Bigodinho”, “Ostenta” e “Das Arábias”. O criminoso já fugiu da cadeia e respondeu a acusações por tráfico, homicídio e organização criminosa.

Em 2016, o líder do Sindicato do Crime chegou a ser detido em flagrante com 13 quilos de crack, 24 de cocaína e cerca de R$ 2,2 mil, em espécie. A prisão aconteceu em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal.
(Reprodução)
 Reprodução                              
     
Fuga da cadeia e homicídio

Na ficha de Magnata, consta que ele estava “foragido” e que o seu último regime prisional foi o semiaberto. Ele foi alvo de um mandado de recaptura, emitido quando o detento escapa da prisão, em 2022.

Já em agosto de 2023, o criminoso foi alvo de outro mandado de prisão após ser denunciado pelo homicídio de Ítalo Coelho dos Santos, ocorrido no bairro Bom Pastor, em Natal, em junho de 2023.

A preventiva de Magnata foi decretada pelo juiz José Armando Ponte Dias Júnior, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). “A dinâmica do crime (...), que denota premeditação e frieza na execução, além de meticulosa divisão de tarefas e utilização de armas de fogo diversas, inclusive de uso restrito, aponta para alta periculosidade dos acusados”, registar trecho da decisão. 

Consulta no TJRN, no entanto, mostra que Magnata já chegou a ser pronunciado pelo crime. Para o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPPE), não havia provas suficientes para levá-lo a júri popular nesse caso.

Prisão de Magnata

A operação que capturou o líder do Sindicato do Crime envolveu policiais civisi do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), com apoio de agentes da Delegacia de Polícia da 103ª Circunscrição Policial (Pipa), do Rio Grande do Norte.

Segundo o boletim de ocorrência, os investigadores receberam informação de que Magnata estaria hospedado em um resort, à beira-mar de Porto de Galinhas, em Ipojuca. 

Após montar campana no local, os policiais avistaram um sujeito com as mesmas características físicas do procurado, que estava a bordo de um Fiat Toro, por volta das 10h30. No momento da abordagem, Magnata estava acompanhado da esposa e de filhos menores de idade.

Aos policiais, o criminoso apresentou um documento falso, com nome fictício de Kauan Lima Araújo e registro na Paraíba. Por causa dos sinais de adulteração do documento, ele foi autuado em flagrante por falsidade ideológica.

A caminho da delegacia, o foragido ainda teria confessado que estaria de posse de armas de fogo em um apartamento alugado, em um prédio de alto padrão na Avenida Conselheiro Aguiar, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Outra equipe policial foi até o local.

Lá, os agentes afirmam ter encontrado três pistolas calibre 9 mm, com dois prolongadores e seis carregadores, além de 202 munições. Em interrogatório, Magnata optou por ficar em silêncio.
 
 
Por: Felipe Resk

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