Quem é "Magnata", líder do Sindicato do Crime, que foi preso em resort de luxo em Porto de Galinhas
Divulgação/PCPE
Segundo investigação, Alan Marcos Zico Fonseca da Silva, o Magnata, é conselheiro da maior facção criminosa do Rio Grande do Norte
Apontado como liderança do Sindicato do Crime, a principal facção criminosa do Rio Grande do Norte, o traficante Alan Marcos Zico Fonseca da Silva, conhecido como “Magnata”, de 36 anos, foi preso em um resort de luxo em Porto de Galinhas, Litoral Sul de Pernambuco, na manhã de segunda-feira (6).
Em relatório da Coordenadoria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, obtido pelo Diario de Pernambuco,
Magnata é descrito como “conselheiro” da facção criminosa e com “alta”
periculosidade. Ele fazia parte da lista de criminosos mais procurados
daquele estado.
Além do apelido
“Magnata”, o foragido também ostentava as seguintes alcunhas: “Alan
Bigodinho”, “Ostenta” e “Das Arábias”. O criminoso já fugiu da cadeia e
respondeu a acusações por tráfico, homicídio e organização criminosa.
Em
2016, o líder do Sindicato do Crime chegou a ser detido em flagrante
com 13 quilos de crack, 24 de cocaína e cerca de R$ 2,2 mil, em espécie.
A prisão aconteceu em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal.
Reprodução | |
Fuga da cadeia e homicídio
Na
ficha de Magnata, consta que ele estava “foragido” e que o seu último
regime prisional foi o semiaberto. Ele foi alvo de um mandado de
recaptura, emitido quando o detento escapa da prisão, em 2022.
Já
em agosto de 2023, o criminoso foi alvo de outro mandado de prisão após
ser denunciado pelo homicídio de Ítalo Coelho dos Santos, ocorrido no
bairro Bom Pastor, em Natal, em junho de 2023.
A
preventiva de Magnata foi decretada pelo juiz José Armando Ponte Dias
Júnior, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). “A
dinâmica do crime (...), que denota premeditação e frieza na execução,
além de meticulosa divisão de tarefas e utilização de armas de fogo
diversas, inclusive de uso restrito, aponta para alta periculosidade dos
acusados”, registar trecho da decisão.
Consulta
no TJRN, no entanto, mostra que Magnata já chegou a ser pronunciado
pelo crime. Para o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPPE), não
havia provas suficientes para levá-lo a júri popular nesse caso.
Prisão de Magnata
A
operação que capturou o líder do Sindicato do Crime envolveu policiais
civisi do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri),
com apoio de agentes da Delegacia de Polícia da 103ª Circunscrição
Policial (Pipa), do Rio Grande do Norte.
Segundo
o boletim de ocorrência, os investigadores receberam informação de que
Magnata estaria hospedado em um resort, à beira-mar de Porto de
Galinhas, em Ipojuca.
Após montar
campana no local, os policiais avistaram um sujeito com as mesmas
características físicas do procurado, que estava a bordo de um Fiat
Toro, por volta das 10h30. No momento da abordagem, Magnata estava
acompanhado da esposa e de filhos menores de idade.
Aos
policiais, o criminoso apresentou um documento falso, com nome fictício
de Kauan Lima Araújo e registro na Paraíba. Por causa dos sinais de
adulteração do documento, ele foi autuado em flagrante por falsidade
ideológica.
A caminho da delegacia,
o foragido ainda teria confessado que estaria de posse de armas de fogo
em um apartamento alugado, em um prédio de alto padrão na Avenida
Conselheiro Aguiar, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Outra equipe
policial foi até o local.
Lá, os
agentes afirmam ter encontrado três pistolas calibre 9 mm, com dois
prolongadores e seis carregadores, além de 202 munições. Em
interrogatório, Magnata optou por ficar em silêncio.
Por: Felipe Resk
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