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quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

EXPLICANDO A CRISE

Compesa rebate denúncia sobre barragem de Amaraji e explica crise hídrica

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) respondeu às declarações do deputado estadual Waldemar Borges (PSB), que atribuiu a falta de abastecimento em Gravatá à má gestão e à ausência de manutenção na barragem de Amaraji. Em nota, a companhia destacou que o município enfrenta uma grave crise hídrica devido à escassez de chuvas e ao colapso de três dos cinco mananciais que abastecem a cidade. Leia o comunicado na íntegra:

Em reposta à publicação veiculada neste blog acerca do abastecimento de água de Gravatá, a Compesa vem prestar os seguintes esclarecimentos sobre a crise hídrica e as medidas que estão sendo adotadas para o enfrentamento da escassez de chuvas que afeta a cidade:

O município de Gravatá, no Agreste, é abastecido por cinco mananciais principais, que são Amaraji, que responde a 47% do abastecimento da cidade, Cliper, Vertentes e Brejinho, que juntos são responsáveis por 34%, e Jucazinho, que representa 19%.

Cliper, Vertentes e Brejinho são captações a fio d’água e, por isso, vulneráveis a períodos de seca, já que dependem diretamente do fluxo das águas e atualmente esses três mananciais estão em colapso. Quando as precipitações ficam abaixo da média, como tem ocorrido em boa parte do estado de Pernambuco, especialmente no Agreste, há uma queda no nível desses mananciais, o que compromete o funcionamento dos sistemas de abastecimento. A restrição hídrica enfrentada pelo município reside justamente na indisponibilidade desses pontos de captação.

Cabe ressaltar que o manancial de Amaraji, além de atender a cidade de Gravatá com 220l/s, também abastece o município de Chã Grande com 30 l/s. Isso significa não haver condições de aumento de oferta de água para Gravatá a partir deste sistema, uma vez que a vazão projetada de bombeamento e transporte encontra-se em seu limite máximo de 250 l/s.

No dia 30 de dezembro, a Secretaria de Recursos Hídricos e a APAC, em uma coletiva de imprensa realizada na sede da Agência, alertou sobre as chuvas abaixo da média e a grave situação dos alguns reservatórios do estado, incluindo aqueles que abastecem Gravatá. Isso levou a Compesa a adotar diversas medidas de contingência, dentre elas a alteração de calendário de abastecimento.

Diante dessa crise hídrica, a Compesa tem investido fortemente em soluções estruturantes para garantir o abastecimento seguro do município. Entre as ações em andamento, destaca-se a conclusão da Adutora do Agreste, que está em execução no trecho entre Caruaru e Gravatá, um investimento de R$ 94 milhões. Além disso, ainda neste mês de Janeiro, está prevista a publicação do edital de relicitação da conclusão da obra de ampliação da ETA de Gravatá, investimento de R$ 2,5 milhões, obra iniciada e não concluída dentro do Plano Retomada, de 2022.

Essas obras permitirão a chegada das águas do Rio São Francisco a Gravatá, proporcionando um abastecimento mais confiável especialmente em períodos de seca como o que o estado está enfrentando.

É fundamental que a população tenha ciência que as dificuldades enfrentadas atualmente com o abastecimento são reais, mas que as ações em curso buscam resolver essa questão de forma definitiva, garantindo uma oferta de água mais estável e segura para todos.


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