Yuri Romão faz balanço da sua gestão, indica modelo de SAF e abre caixa preta sobre Mariano Soso
Presidente também detalhou ao colunista do DP Beto Lago como o retrofit irá melhorar o caixa do clube
Prestes a encerrar o seu primeiro mandato completo como presidente do Sport, Yuri Romão concedeu entrevista exclusiva ao colunista do Diario de Pernambuco, Beto Lago, em seu canal no YouTube.
Entre os assuntos abordados pelo chefe do executivo rubro-negro, um balanço sobre a sua gestão, a recuperação da credibilidade do Leão, SAF e, claro, futebol. Confira abaixo os principais pontos da conversa.
ANÁLISE DA GESTÃO
CREDIBILIDADE NO MERCADO
Pra
se ter sucesso esportivo, é preciso que o clube esteja muito organizado
pra poder ter poder de compra. Nós quitamos as dívidas que tínhamos com
empresários de atletas, que eram as maiores, e impediam que eles
quisessem trazer os seus atletas para cá. Ou seja, na hora que fazíamos
uma proposta, sempre ficávamos nas últimas opções dos jogadores por
estes motivos. Hoje não é mais assim. Hoje há uma preferência pelo nosso
clube. Houve quatro atletas que tinham propostas da Série A e optaram
por vir para o Sport. E não é porque aqui eles iam ganhar mais, é porque
viram a seriedade do nosso trabalho e que cumpríamos o que prometíamos.
Muitos torcedores nos criticaram pela demora para anunciar reforços.
Não é que estávamos demorando, é que o empresário preferia mandar seu
jogador pra um clube que não atrasasse salário, que fizesse o repasse
certo aos empresários. Hoje isso mudou.
MODELO DA SAF
Hoje
a SAF do Sport não é mais por necessidade, mas por estratégia, pra
fazer frente a investimentos que precisam ser feitos. Nos moldes que
vemos hoje no futebol brasileiros, as SAFs chegam e "tomam de assalto" o
futebol do clube. No modelo estratégico que estamos pensando pro Sport,
não. Nós temos um CT com uma baita estrutura, um clube organizado, uma
torcida gigante. Então, tem que ser uma aliança estratégica entre o
investidor e o clube, em prol de um objetivo. Todos saem ganhando.
2025: O ANO DA SAF
ILHA MAIS SUSTENTÁVEL
Hoje
o terreno da Ilha do Retiro é custoso pro Sport. Hoje, nossa única
receita com o terreno são nos dias de jogos e ainda assim é muito
pequena frente aos custos que temos. Como você consegue mudar estes
panoramas? Fazendo investimentos. É uma área nobre e o Recife carece de
equipamentos para feiras. Nós teremos a oportunidade de tornar o terreno
rentável para o clube. É preciso dar sustentabilidade futura ao clube.
Quando chega uma SAF, eles só entram no futebol. E o resto do clube? Os
esportes olímpicos, a parte administrativa, ficam como? Nós temos um
baita terreno e que pode nos trazer receita.
LISCA
"Ele
precisa procurar um profissional. Não é um negócio normal. Não me
dirigi a ele, não falei. Ele não merece nenhuma reflexão nossa sobre o
assunto".
SAÍDA DE MARIANO SOSO
Primeiramente,
preciso deixar claro que foi uma decisão colegiada, não partiu do
presidente ou de um diretor. O motivo foi a falta de convicção no
trabalho. Ele é um profissional correto, trabalhador. Não temos nada o
que falar da pessoa do Soso. Existia uma deficiência defensiva. Nós
chegávamos com seis homens no ataque, mas não tinha quem defendesse,
então tomamos muitos gols. Tinha um espaçamento muito grande no meio de
campo. Nós conversamos, afinal, ele era muito aberto a isso, mas não
houve uma melhora. Percebemos que não há uma filosofia de se treinar
defensivamente entre os técnicos argentinos e até uruguaios. Pouco
treinamento de bola parada também, defensiva e ofensiva. Avaliamos e
percebemos que não valia a pena insistir.
Haim Ferreira
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