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sábado, 2 de novembro de 2024

MEIO AMBIENTE

Em até dois anos, Fernando de Noronha terá apenas energia solar, diz projeto autorizado pelo Governo Federal

                         Sistemas de energia solar serão exclusivos em Noronha (fFoto: Divulgação)

 

O investimento previsto é de R$ 300 milhões. Expectativa é que os sistemas entrem em operação no início de 2027

 

O Ministério de Minas e Energia (MME) autorizou, nesta sexta-feira (1º), a Neoenergia Pernambuco a expandir a geração de energia renovável em Fernando de Noronha, por meio do projeto Noronha Verde.  
 
Conforme a iniciativa, em até dois anos, a principal fonte de energia da ilha mudará radicalmente. 
 
Vão sair as termelétricas movidas a diesel e entrarão no lugar apenas as placas de energia solar.  
 
A iniciativa prevê a instalação de uma planta híbrida solar fotovoltaica combinada a um banco de baterias.
 
Estão previstas, ainda, ações de eficiência energética para conscientização da população com foco no consumo eficiente da energia elétrica na ilha, visando à sustentabilidade e à qualidade do fornecimento neste sistema isolado.
 
O investimento previsto para o projeto é de R$ 300 milhões.
A expectativa é que a ação dos sistemas de energia solar entre em operação no início de 2027.
 
A mudança na matriz energética não provocará  custos adicionais para os moradores da ilha, conforme a Neoenergia.  
 
A iniciativa planeja substituir a atual matriz energética, sendo majoritariamente abastecida por diesel, por fontes limpas e renováveis, alcançando uma descarbonização de 85% no arquipélago.  
 
O projeto é parte dos esforços do Governo Federal e do Governo do Estado de Pernambuco para promover a transição energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis, sendo mais poluentes. 
 
Além disso, a iniciativa contribuirá para a diminuição dos encargos e subsídios na conta de energia, atualmente pagos por todos os consumidores do país por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). 

Prazos
 
A autorização do MME estabelece que, nos próximos 30 dias, a Neoenergia deve apresentar um plano de investimento detalhado para o projeto, que será licenciado pela CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco) e contará com anuência do ICMBio.  

O cronograma prevê que, após a apresentação e aprovação do plano de investimentos pela Neoenergia, a fase de licenciamento ambiental será iniciada, envolvendo uma ampla discussão com a comunidade noronhense. 
 
Em seguida, a etapa de implantação e operação das placas solares se dará, com a expectativa de que a transição energética seja concluída em 2026. 
 
Avaliação 
 
Com a implementação do projeto Noronha Verde, Fernando de Noronha se prepara para se tornar a primeira ilha habitada da América Latina a alcançar um alto índice de descarbonização, contribuindo para um futuro mais sustentável e alinhado com as metas globais de energia limpa. 

A governadora em exercício de Pernambuco, Priscila Krause, ressaltou a importância do projeto para a preservação do patrimônio natural da ilha. 
 
“Estamos investindo em um fortalecimento das fontes renováveis que dialogam com a nova economia. A transição energética deve ser eficiente, sustentável e promover justiça social e climática”, declarou.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou a relevância do projeto. 
 
“Fernando de Noronha será ainda mais verde e hoje estamos dando um passo importante para isso: impulsionando a transição energética neste patrimônio ecológico natural no nosso país. Autorizamos um dos grandes projetos de geração de energia renovável centralizada, visando a descarbonização da ilha e o fortalecimento das fontes renováveis no país”, destacou o ministro Alexandre Silveira.
 
O CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, também destacou os impactos positivos da iniciativa tanto regional quanto nacionalmente.

“Este projeto representa um avanço para a Ilha e para o setor elétrico nacional, à medida que viabiliza a produção de energia renovável num sistema isolado como o de Fernando de Noronha, Patrimônio Natural Mundial pela UNESCO. A iniciativa reforça o compromisso da Neoenergia com a sustentabilidade e a inovação em busca de uma transição energética para todos. Além de reduzir emissões, o aumento da geração renovável permite reduzir peso de encargos e subsídios conferidos à energia gerada por combustível fóssil, pagos por todos os consumidores do país”, afirma Capelastegui.

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