Ponte Giratória só deve ser entregue daqui a 18 meses, segundo a Prefeitura
O valor da licitação para manutenção da ponte é de R$ 14,3 milhões (Foto: Marina Torres/DP Foto)
O equipamento está interditado pela gestão municipal há quase um ano. Prazo inicial era de quatro meses
As obras da Ponte Giratória, realizadas pela Prefeitura do Recife, só devem ser concluídas daqui a 18 meses, segundo a gestão municipal. Os serviços na estrutura foram retomados no dia 30 de setembro,
após a conclusão do último processo licitatório. Quando as obras forem
finalizadas, ela será liberada para pedestres e veículos.
O valor da licitação para manutenção da ponte é de R$ 14,3 milhões e
são feitos serviços de reforço do tabuleiro interno, incluindo as faces
laterais das vigas longarinas, como também a execução de um sistema de
protensão externa dessas vigas, tanto na face inferior quanto na face
superior do tabuleiro.
A
nova licitação foi lançada após a Autarquia de Limpeza e Manutenção
Urbana (Emlurb) constatar novos problemas estruturais por meio de
ensaios mais detalhados.
A Ponte Giratória está interditada há quase um ano e,
quando foi anunciada, em setembro do ano passado, a obra tinha um prazo
previsto de quatro meses. Em abril deste ano, a Prefeitura do Recife
informou que as obras não tinham prazo para serem concluídas.
Na época da interdição, a administração municipal disse que o investimento inicial na recuperação da estrutura seria de R$ 9,4 milhões.
A
Ponte Giratória tem uma extensão total de 195,25m com cinco vãos, três
deles centrais que medem 41,45m, 43,35m e 41,45m, e vãos de 34m nas
extremidades.
É
formada por um tabuleiro único, contínuo, com seção transversal tipo
caixão ao longo de toda a sua extensão, possui transversinas e altura
variável em cada apoio. Transversalmente, a ponte tem uma largura total
de 22m, ambos os lados contemplam um passeio de pedestres de 3m no lado
norte e 2m no lado sul, duas faixas de rolamento em torno de 4,0m e
guarda rodas de 0,23m em cada passeio.
Outras pontes
A
Prefeitura do Recife também realiza obras de recuperação nas pontes
Princesa Isabel, Joaquim Cardozo e Joana Bezerra, além da implantação de
um novo pontilhão cruzando a Avenida Agamenon Magalhães, na altura da
Rua Amélia e a construção das pontes Júlia Santiago, do Rio Morno e do
Arruda. Ao todo, foram aplicados R$ 160 milhões.
As
intervenções de requalificação estrutural da Ponte Princesa Isabel têm
conclusão prevista para novembro deste ano, com investimento de cerca de
R$ 10 milhões. A Ponte Joaquim Cardozo teve início neste ano, com
investimento de R$ 7 milhões.
No
caso da Ponte de Joana Bezerra, o processo licitatório foi concluído e
as obras deverão iniciar em novembro, com um investimento aproximado de
R$ 17 milhões.
Também
em novembro, deverá ser entregue o pontilhão da Rua Amélia, na Avenida
Agamenon Magalhães. Esta está estimada em R$ 3 milhões e é feita em
parceria entre o Shopping Tacaruna, que paga e executa o pontilhão em
concreto.
“O
objetivo da protensão externa é aumentar a capacidade de carga da
estrutura, redistribuir esforços e reduzir as tensões nas áreas
comprometidas, prolongando assim a vida útil da ponte e assegurando seu
desempenho estrutural conforme as normas vigentes”, explica a secretária
municipal de Infraestrutura e presidente da Autarquia de Manutenção e
Limpeza Urbana (Emlurb), Marília Dantas. Devido ao serviço, será
necessário manter a interdição total da ponte, que será liberada após a
conclusão dos serviços.
Ponte Júlia Santiago
As
obras da ponte Júlia Santiago começaram em outubro do ano passado e
devem ser finalizadas em 2026. O equipamento vai ligar os bairros de
Areias e Imbiribeira cruzando o Rio Tejipió, com o objetivo de melhorar o
fluxo entre as avenidas Recife e Mascarenhas de Moraes.
Com
uma extensão total de 2,3 quilômetros e 335 metros de comprimento, esta
será a maior ponte construída na capital pernambucana nos últimos 40
anos. Os trabalhos incluem ainda o alargamento das avenidas Tapajós e
Engenheiro Alves de Souza.
As
obras estão sendo executadas pela Autarquia de Urbanização do Recife
(URB) e contam com um investimento de R$ 91 milhões, com recursos de
financiamento da Caixa/FGTS e contrapartida municipal de 25%.
Ponte do Arruda
A
Ponte do Arruda tem um custo de R$ 13,8 milhões, oriundos do Governo
Federal, por meio do Ministério das Cidades. Ela vai cruzar o canal de
mesmo nome na altura de sua confluência com o Rio Beberibe, estabelecerá
novas conexões viárias entre bairros como Campo Grande, Peixinhos,
Arruda, Água Fria e Beberibe, como parte de uma via radial que criará um
novo acesso entre a região e a BR-101.
Ponte do Rio Morno
Também
estão em andamento as obras da Ponte Rio Morno, na nova avenida
marginal do Rio Beberibe, para ligar os bairros de Beberibe e Dois
Unidos, também como parte da via radial.
Com
investimentos na ordem de R$ 5,3 milhões, a ponte está sendo construída
em concreto armado, com extensão de 30m e largura de 14m, tendo duas
faixas de rolamento, ciclovia e passeios.
Ela
cruza o Rio Morno na altura da confluência com o Rio Beberibe,
utilizando o antigo terreno do CT do Santa Cruz, desapropriado
parcialmente para possibilitar a realização das obras.
Ponte Engenheiro Jaime Gusmão
A
Ponte Engenheiro Jaime Gusmão foi entregue em agosto deste ano. Ela
liga os bairros da Iputinga e do Monteiro, cruzando o Rio Capibaribe,
criando uma nova rota conectando as zonas Norte e Oeste da cidade.
Segundo a gestão, 60 mil pessoas passam pelo local diariamente.
Com
170 metros de extensão, 20 metros de largura e 12 metros de altura, o
equipamento possui quatro faixas de rolamento, duas em cada sentido,
além de calçadas e ciclovias.
Por: Adelmo Lucena
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