Febre Oropouche: Pernambuco soma 166 casos em 2024; saiba como se prevenir
A transmissão do vírus é vetorial, feita principalmente pelo inseto
Culicoides paraensis (maruim) (Foto: Flavio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz)
Há casos no Grande Recife, Zona da Mata e Agreste
Dados do Boletim Epidemiológico das
Arboviroses Nº 42, elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde de
Pernambuco (SES-PE), mostram que Pernambuco soma, em 2024, 166 casos de
Febre Oropouche. Os casos foram divulgados nesta quarta-feira (23) e são
referentes ao período de 31 de dezembro de 2023 a 19 de outubro de
2024.
De
acordo com a pasta, o vírus causador do Oropouche foi identificado em
pacientes dos municípios do Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Ilha de
Itamaracá, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Pombos, Recife,
Bom Jardim, Limoeiro, Machados, Água Preta, Catende, Gameleira,
Jaqueira, Lagoa dos Gatos, Maraial, Rio Formoso, São Benedito do Sul,
Sirinhaém, Barra da Guabiraba, Bonito, Gravatá, Santa Cruz do
Capibaribe, Garanhuns, Aliança, Itaquitinga, Macaparana, São Vicente
Ferrer e Timbaúba.
A
transmissão do vírus é vetorial, feita principalmente pelo inseto
Culicoides paraensis (maruim). Depois de picar uma pessoa ou animal
infectado, o inseto pode transmitir o vírus para uma pessoa suscetível. A
pessoa infectada pode desenvolver sintomas parecidos com o da dengue e
chikungunya.
O
quadro clínico agudo pode evoluir com febre de início súbito, dor de
cabeça, dor muscular e dor articular. Outros sintomas, como tontura, dor
atrás do olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são
relatados. Estes podem durar até sete dias.
Dengue
O
novo levantamento da Secretaria de Saúde aponta 29.842 casos prováveis
de dengue (casos em investigação + casos confirmados), no Estado.
O
número de casos prováveis de dengue, atualmente, representa um aumento
de 338,5% em relação ao mesmo período de 2023. Até o momento, 11.401
casos de dengue foram confirmados, em Pernambuco, sendo 191 casos graves
prováveis, permanecendo com 15 óbitos confirmados (11 por dengue e 4
por chikungunya).
Outras arboviroses
No
Boletim 42, foram notificados 4.762 casos prováveis de Chikungunya, com
1.484 casos confirmados. Já para Zika, foram notificados 255 casos
prováveis, mas sem confirmação até o momento.
Mortes
De
acordo com o monitoramento epidemiológico, 48 óbitos já foram
descartados para arboviroses e outros 30 seguem em investigação. A
investigação é realizada, inicialmente, pela equipe de Vigilância
Epidemiológica do município de residência do óbito.
Após isso, o caso vai para um comitê técnico de discussão de óbito, em que diversos profissionais avaliam a causa da morte.
No
boletim desta semana, os dados apontam 52 municípios pernambucanos com
baixa incidência para casos de dengue, 69 localidades apresentam
incidência média e 64 municípios aparecem com alta incidência de casos.
Como se prevenir
As
arboviroses são transmitidas por mosquitos e a melhor forma de
prevenção é evitar que estes insetos consigam se reproduzir e infectar
as pessoas.
É
importante evitar exposição a picadas do vetor em locais com ocorrência
da doença, com uso de roupas compridas e sapatos fechados e de
repelente nas partes expostas do corpo.
Também
é válido o uso de telas de malha fina em portas e janelas; limpeza de
terrenos e locais de criação de animais; recolhimento de folhas e frutos
que caem no solo. Vale destacar que o inseto transmissor do Oropouche
se reproduz em matéria orgânica em decomposição.
Por: Adelmo Lucena
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