Pernambuco é o estado brasileiro com mais mulheres responsáveis por domicílios, aponta Censo 2022
O percentual de mulheres responsáveis pela unidade doméstica também foi
maior que 50% em outros nove estados (Foto: Arquivo/Agência Brasil)
Os números foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (25)
Pernambuco
é o estado brasileiro com mais mulheres responsáveis por domicílios,
segundo dados do Censo Demográfico 2022: Composição domiciliar e óbitos
informados: Resultados do universo, divulgados nesta sexta-feira (25)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São
1.716.624 mulheres que comandam lares, o que representa 53,9%, contra
1.470.234 residências lideradas por homens.
O
percentual de mulheres responsáveis pela unidade doméstica também foi
maior que 50% em outros nove estados: Sergipe (53,1%), Maranhão (53,0%),
Amapá (52,9%), Ceará (52,6%), Rio de Janeiro (52,3%), Alagoas e Paraíba
(51,7%), Bahia (51,0%) e Piauí (50,4%).
No
cenário nacional, em 2022, das 72,5 milhões de unidades domésticas do
Brasil, 49,1% tinham responsáveis do sexo feminino. Isso representa uma
mudança considerável comparado ao Censo de 2010, quando o percentual de
homens responsáveis (61,3%) era substancialmente maior do que o
percentual de mulheres (38,7%).
“Os
dados do Censo mostram que a maior parte dessas unidades da federação
estão concentradas na Região Nordeste do país. Por outro lado, os
menores percentuais são encontrados em Rondônia, com 44,3%, e em Santa
Catarina, com 44,6%. Percebe-se, de forma geral, que as unidades da
federação acompanharam o movimento do país com aumento da proporção de
unidades domésticas com responsáveis do sexo feminino”, aponta a
analista da divulgação, Luciene Longo.
O
recorte do Censo 2022 também mostra que a proporção de unidades
domésticas formadas por casal com filhos de ambos recuou de 41,3% para
30,7% em 12 anos.
O
número de casais sem filhos subiu de 16,1% em 2010 para 20,2% em 2022,
enquanto a proporção de residências com responsáveis com cônjuge e filho
caiu de 41,3% para 30,7%.
Já
a proporção de domicílios formados por casais com pelo menos um filho
somente do responsável ou do companheiro passaram de 8% para 7,2%.
“Apesar
da redução, o peso dessas unidades domésticas no total de arranjos com
filhos aumentou”, observa o gerente de Estimativas e Projeções de
População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi.
Já os domicílios de pessoas com filhos, mas sem companheiros, subiu de 16,3% para 16,5%.
Outros
tipos de composição reuniram 25,5% das unidades domésticas, sendo 18,9%
referente a domicílios unipessoais (que em 2010 representavam 12,2%), e
unidades domésticas com mais de um morador, sem cônjuge, filho ou
enteado que apresentou pouca alteração (de 6,6% em 2022, e 6,1% em
2010).
Por: Adelmo Lucena
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