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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

MAIS UMA LOROTA DE UM GOVERNO IRRESPONSÁVEL

Haddad agora culpa seca por alta de preços e evita juros

              Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr).

 

Ministro evitou comentar os juros elevados pelo excesso de gastos

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quarta-feira (9) que os principais indicadores de inflação estão “sob controle”, mas que a seca “está impactando” itens importantes, como energia e alimentos. Para ele, o Banco Central deve avaliar esses dados “com cuidado” antes de decidir sobre mudanças nas taxas de juros, pois a situação “não é permanente”.

“Os dados do IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] divulgados hoje mostram que os núcleos estão bem controlados. No entanto, a seca está elevando os preços de energia e alimentos, o que não está relacionado com a taxa de juros, já que juros não fazem chover. Trata-se de um choque de oferta provocado pela seca, que afeta a inflação”, disse Haddad. “Mas essa é uma questão temporária, que não vai durar. Em breve, as chuvas retornarão e os preços se estabilizarão. Portanto, isso deve ser analisado com cautela, para evitar decisões baseadas em um fenômeno climático passageiro”, acrescentou.

As observações de Haddad ocorreram antes da divulgação oficial dos dados de inflação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foram liberados às 9h desta quarta-feira. Segundo o IBGE, o IPCA subiu 0,44% em setembro, após uma deflação de 0,02% em agosto. No acumulado do ano, a inflação está em 3,31%, e nos últimos 12 meses, atingiu 4,42%.

Conforme o IBGE, os maiores aumentos foram no setor de Habitação (1,80%), devido à alta no custo da energia elétrica residencial, que saltou de -2,77% em agosto para 5,36% em setembro, e no setor de Alimentação e bebidas (0,50%), após dois meses de quedas.

Taxa de juros elevada Haddad reconheceu que a taxa de juros no Brasil, atualmente em 10,75%, está elevada e em um “campo restritivo”. Mesmo assim, ele destacou que essa é uma “discussão técnica” que será conduzida pelos novos diretores e que a análise ficará para o próximo ano.

“A taxa de juros já está alta, em um campo restritivo, como costumamos dizer, mas isso é um debate técnico que os novos diretores farão. A partir de janeiro, teremos três novos nomes, e veremos como as coisas evoluirão. No entanto, até o momento, a economia está se comportando bem, com os preços controlados, apesar da questão da seca”, comentou. 

 

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