JULGAMENTO

''Lázaro de Pernambuco'' vai a júri por assassinato de ex-companheira

                            Esta é a segunda vez que ele é julgado em 2024 (Foto: Reprodução)

 

Edson Cândido Ribeiro já foi condenado há 43 anos de prisão pela morte de Jailma Muniz da Silva, de 19 anos

 

 

Edson Cândido Ribeiro, mais conhecido como o "Lázaro de Pernambuco", será submetido a um julgamento nesta quarta-feira (23) por ser suspeito de  ter cometido o homicídio qualificado de Kauany Mayara Marques da Silva, de 18 anos. Esta é a segunda vez que ele é julgado em 2024.

O corpo da vítima foi encontrado no dia 2 de fevereiro de 2022 dentro de um bueiro que corta a comunidade de Capuchinho, em Glória do Goitá, na Zona da Mata.

O “Lázaro de Pernambuco” será julgado por ter assassinado a jovem por motivo torpe, sem dar chance de defesa à vítima e para assegurar a impunidade em outro crime, o que classifica como homicídio qualificado.

Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Pernambuco, o Edson era ex-companheiro da vítima e queria reatar o relacionamento. A vítima recusou reatar com o ex. 

Durante a sessão do júri, estão previstos os depoimentos de seis testemunhas antes do interrogatório do réu. Em seguida haverá a fase de debate entre promotoria, assistente de acusação e defesa do acusado. 

 

O réu será representado pela Defensoria Pública de Pernambuco. O julgamento será presidido pela juíza de direito Adriana Torres.

Primeira condenação

No primeiro julgamento, em janeiro deste ano, Edson foi condenado a pena e 43 anos, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado, pelo homicídio qualificado e estupro da estudante Jailma Muniz da Silva, de 19 anos, em Glória do Goitá, crime cometido em janeiro de 2022.

O corpo de Jailma foi encontrado em um matagal a 100 metros de onde ela morava, após a vítima ter sido estuprada. Logo após assassinar a vítima com golpes de faca, Edson Cândido Ribeiro fugiu, levando o aparelho celular da jovem.

O homicídio das duas jovens deixou a cidade consternada. As Polícias Civil e Militar organizaram uma megaoperação para achar e prender o suspeito pelas mortes. Após oito dias de busca, o suspeito foi preso. 

Além destes crimes, ele tem passagem pela polícia por delitos cometidos em 2013. Em fevereiro, quando foi preso, Edson estava há quatro meses em liberdade condicional, depois de já ter cumprido pena de sete anos por roubo e estupro.

 

Por: Aimé Kyrillos