Nova eleição? O que pode acontecer com os candidatos 'pendurados' no Cabo, em Goiana e em Joaquim Nabuco
Três candidatos que ganharam nas urnas esperam decisão do TSE para saber se vão ser prefeitos (Reprodução/Redes sociais)
Reprovados pela Justiça Eleitoral, três candidatos precisam reverter decisão desfavorável para, de fato, tomar posse nas prefeituras
Vitoriosos nas urnas, três candidatos a prefeituras em Pernambuco
estão, neste momento, com os votos anulados e vão precisar reverter
decisão judicial desfavorável para, de fato, tomar posse no dia 1º de
janeiro de 2025.
Candidatos reprovados pela
Justiça Eleitoral conseguiram ganhar no Cabo de Santo Agostinho, no
Grande Recife, além de Goiana e Joaquim Nabuco, na Zona da Mata. As
eleições foram realizadas no último domingo (6).
Como
as candidaturas estão indeferidas, nenhum deles foi declarado
oficialmente eleito e os votos recebidos são considerados “anulados sub
judice”. Todos recorrem ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ainda
analisa os casos.
Na prática, o termo significa
que os vitoriosos não podem ser diplomados ou tomar posse até que
tenham a questão jurídica resolvida – o que só ocorre com o chamado
“trânsito em julgado”, quando há sentença definitiva.
Caso
a decisão seja revertida, os votos recebidos passam a ser considerados
válidos e o candidato toma posse normalmente. Já se o TSE confirmar a
inelegibilidade do candidato, uma nova eleição para prefeito é realizada
na cidade.
Na hipótese de o impasse persistir
até o dia da posse, o presidente da Câmara Municipal assume a prefeitura
até o fim do julgamento.
Candidaturas “penduradas”
Nas
eleições em Pernambuco, o caso mais emblemático é o de Lula Cabral
(SD), que venceu o rival Keko do Armazém (PP), no Cabo de Santo
Agostinho, com 60.013 votos, ou 46,64% do total válido.
A
candidatura, no entanto, está impugnada desde agosto por decisão do
Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). Na ocasião, a
Justiça entendeu que Lula Cabral deveria ser inelegível porque teve
rejeição, pela Câmara Municipal do Cabo, de contas da prefeitura em
2017, quando ocupava o cargo.
“A coordenação
jurídica da campanha informa que o processo seguiu ao Tribunal Superior
Eleitoral para que seu registro de candidatura seja deferido pelo TSE,
assim como aconteceu em 2022”, afirma, em nota.
Já
em Goiana, o atual prefeito, Eduardo Honório (União Brasil), recebeu
41.605 votos (78,16%) e venceu Quinho Fenelon (Republicanos), que ficou
com 15,2%.
Honório foi eleito em 2016, então
como vice-prefeito, mas logo assumiu o cargo e conseguiu a reeleição em
2020. Para a Justiça Eleitoral, ele não poderia concorrer neste ano já
que, na prática, configuraria três mandatos consecutivos.
O
candidato, entretanto, decidiu recorrer desse entendimento. “Eduardo
confia na Justiça, e vai aguardar o TSE”, diz sua comunicação.
O
último caso é de Joaquim Nabuco, onde Márcia Barreto (PSDB) recebeu
6.404 votos (52,35%) e desbancou a adversária Jane (PSB), que teve
47,65%. A impugnação aconteceu por ter contas rejeitadas da época em que
atuou em Água Preta, na Mata Sul, no período entre 2006 e 2008.
Por: Felipe Resk
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