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domingo, 27 de outubro de 2024

ELEIÇÕES 2024

Veja o perfil dos 4 candidatos que disputam o segundo turno em Olinda e Paulista

Da esquerda para a direita: os candidatos à prefeito de Paulista, Ramos (PSDB) e Júnior Matuto (PSB). Ao lado deles, os postulantes de Olinda, Mirella Almeida (PSD) e Vini Castello (PT) (Fotos: Fabiano Alves; Gustavo Guerra; Chico Barros; Divulgação)
 

Ao todo, 535.535 eleitores voltarão às urnas para decidirem o futuro gestor de suas cidades pelos próximos quatro anos 

Olinda e Paulista são as únicas cidades de Pernambuco que terão segundo turno das Eleições Municipais de 2024,  no domingo (27). 

Ao todo, 535.535 eleitores voltarão às urnas para decidirem o futuro gestor de suas cidades pelos próximos quatro anos. 

Na Marim dos Caetés, disputam Vini Castello (PT) e Mirella Almeida (PSD) e na cidade vizinha, Júnior Matuto (PSB) e Ramos (PSDB). 

Faltando poucas horas para o início da eleição, o Diario de Pernambuco organizou uma pequena biografia dos quatro candidatos em Olinda e em Paulista e trouxe algumas informações sobre essa segunda parte do pleito. 

Olinda

A frente no primeiro turno em Olinda, Vinicius Nascimento dos Santos, conhecido como Vini Castello, nasceu em Paulista, mas foi criado em Olinda, na comunidade da Barreira do Rosário.  
 
Iniciou na política em movimentos estudantis e sociais, ainda com 15 anos. É o fundador do Coletivo Quilombo Mariele Franco na Universidade Católica de Pernambuco, onde se formou em Direito. 

Em 2020, foi eleito vereador de Olinda.  Entre os projetos que aprovou no cargo, estão o  Estatuto da Igualdade Étnico-Racial e a proibição de homenagens a escravocratas e ditadores. Dois anos depois, em 2022, disputou o cargo de Deputado Estadual, conseguindo 22.713 votos. 

No primeiro turno, Vini assumiu a liderança alcançando 80.422 votos (38,75%). Entre suas propostas, Vini afirmou, em entrevista ao Diario, em setembro, que Olinda, hoje, é uma cidade analógica e que, em sua gestão, caso seja eleito, fará uma parceria com o Conecta Recife. “Vou plagiar João Campos para fazer um Conecta Olinda, porque projetos para acessarmos o povo, podemos nos espelhar sim”, disse.

Ainda falando de Olinda, Mirella Fernanda Bezerra de Almeida (PSD), ou Mirella Almeida, nasceu no Recife, mas cresceu em Rio Doce. Concluiu o Ensino Médio aos 16 anos e se graduou em Marketing. 

Nas duas gestões de Professor Lupércio (PSD), ela foi secretária de Governo, também de Planejamento e Fazenda, e, por fim, de Desenvolvimento Econômico, Inovação, Tecnologia e Turismo de Olinda. 

Como secretária, Mirella propôs a lei para isenção e anistia de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Taxa de Limpeza Urbana e Imposto Territorial de Bens e Imóveis (ITBI) para beneficiários da faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida ou na faixa 1,5 do Programa Casa Verde e Amarela. A iniciativa foi aprovada. 

Com 62.289 votos no primeiro turno, Mirella disse, em entrevista ao Diario de Pernambuco, que se eleita, sua gestão ampliará o número de creches na cidade e criará um Centro de Qualificação e Capacitação para Mulheres.

“Queremos fazer formações com as vocações da cidade, seja no ramo do turismo, da economia criativa ou em algum viés de empreendedorismo. Queremos que as mulheres consigam ingressar ou no mercado de trabalho formal ou no empreendedorismo de fato”, afirmou.

Paulista

Em Paulista, Severino Ramos de Santana, ou apenas Ramos, saiu na frente no primeiro turno. Presidente da Federação dos Comerciários do Norte e Nordeste (Feconeste), já presidiu o Sindicato dos Comerciários do Recife e foi deputado estadual no ano de 2010, pelo PMN. O candidato a prefeito também foi vereador do Recife por dois mandatos não consecutivos, sendo o primeiro de 1996 a 2000 e o segundo de 2004 a 2008. 

No primeiro turno, Ramos teve 30,66% dos votos válidos, o equivalente a 74.092 votos. Entre suas propostas estão a implementação de programas de patrulhamento e iluminação pública em áreas consideradas de risco para as mulheres e a Casa de Parto Humanizado.

Já Gilberto Gonçalves Feitosa Junior, o Junior Matuto, começou sua trajetória política como vereador, em 2008. No pleito seguinte, foi eleito prefeito, em 2012, sendo reeleito em 2016 e permanecendo no cargo até 2020, quando teve seu mandato cassado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Recentemente, após a morte do deputado estadual José Patriota, assumiu sua cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Com 51.213 dos votos válidos, Matuto tem como um de seus objetivos, caso seja eleito, “criar políticas públicas que assegurem uma melhor qualidade de vida, saúde preventiva e fortalecimento da cobertura da Atenção Básica e de Pronto Atendimento humanizados”.

Apoios

Quando falamos de apoios políticos, os medalhões que realçam as campanhas dos prefeituráveis, o cenário nas duas cidades se mostra semelhante. 

Colocando Júnior Matuto e Vini Castello em um lado, têm-se o presidente Lula (PT), que já declarou apoio aos candidatos, e João Campos (PSB), que participou das carreatas ao longo do calendário eleitoral. Do outro, Mirella Almeida e Ramos, apoiados pela governadora do estado, Raquel Lyra (PSDB), e da vice, Priscila Krause (PSD).

A eleição em Paulista tem um quê a mais na política estadual. Dependendo de qual partido  — PSDB ou PSB — vença o pleito, isso indicará qual legenda terá mais prefeitos eleitos em Pernambuco. Até o momento, com a vitória deferida de Márcia Barreto (PSDB) em Joaquim Nabuco, ambos conquistaram, até então, 31 prefeituras. O número expressivo sinaliza qual legenda tem mais força no estado, detalhe que pode fazer a diferença em uma disputa para o governo.

Pesquisas

O levantamento do Instituto Exatta Estratégia e Pesquisa, contratado pelo Diario de Pernambuco, divulgado nessa quinta-feira (24), aponta que Vini Castello (PT) lidera a disputa com 54,46% das intenções de votos válidos, Mirella Almeida (PSD) aparece com 45,54%. Já na pesquisa do Instituto DataTrends, divulgada no início da semana, o inverso acontece. Mirella aparece com 54% enquanto Vini surge com 46%. 

Em Paulista, a Pesquisa do Instituto Exatta, divulgada nessa sexta (25), aponta Ramos com 69,19% dos votos válidos, enquanto Matuto aparece com 30,81%. Na pesquisa do Instituto Veritá, os resultados se assemelham, Ramos lidera com 59,8% contra 28,4% de seu oponente. 

Tanto na pesquisa de Olinda quanto na de Paulista são considerados os votos válidos da simulação estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos. 

Primeiro turno

Observando o número de abstenções, votos nulos e brancos, o cenário se desenha apertado para os postulantes. 

No primeiro turno, Olinda teve 15.615 votos brancos, 20.909 nulos e  56.256 abstenções, um total de 92.780. O número é maior do que o total do candidato que ficou à frente da disputa: Castello, que teve 80.422 votos. Em Paulista não foi diferente. Foram 9.813 votos brancos, 13.285 nulos e 45.096 abstenções, totalizando 68.194 votos. 

Já em relação aos oponentes dos prefeituráveis ainda no pleito, em Olinda, Izabel Urquiza (PL) teve 51.526 votos e não declarou apoio a nenhum dos candidatos ainda na disputa, Márcio Botelho (PP) com 9.989 votos, anunciou seu apoio ao petista, assim como Antônio Campos (PRTB) que teve 3.124 votos. Somando todos, têm-se 64.639 votos que os postulantes tentarão conquistar. 

Os votos dos 235.231 eleitores foram divididos entre os seis candidatos. Além de Ramos e Júnior Matuto que conquistaram o segundo turno, os candidatos Lívia Álvaro (PP), Edinho Faz (PL), Francisco Padilha (PDT) e Souza Vigilante (Mobiliza) alcançaram juntos 41.505 votos, uma porcentagem de 24,86%. Os candidatos Lívia Álvaro e Edinho Faz brigaram pelo terceiro lugar no pleito municipal, a primeira alcançou 15.784 votos (9,45%), enquanto o candidato do PL teve 15.784 votos (9,18%), os dois declararam apoio a Ramos. Padilha e Souza Vigilante declararam apoio a Júnior Matuto neste pleito, juntos eles alcançaram 10.393 votos, sendo 9.989 o primeiro e 3.124 o segundo.
 
Por: Mareu Araújo

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