Veja o perfil dos 4 candidatos que disputam o segundo turno em Olinda e Paulista
Da esquerda para a direita: os candidatos à prefeito de Paulista, Ramos
(PSDB) e Júnior Matuto (PSB). Ao lado deles, os postulantes de Olinda,
Mirella Almeida (PSD) e Vini Castello (PT) (Fotos: Fabiano Alves;
Gustavo Guerra; Chico Barros; Divulgação)
Ao todo, 535.535 eleitores voltarão às urnas para decidirem o futuro gestor de suas cidades pelos próximos quatro anos Olinda e Paulista são as únicas cidades de Pernambuco que
terão segundo turno das Eleições Municipais de 2024, no domingo (27).
Ao todo, 535.535 eleitores voltarão às urnas para decidirem o futuro gestor de suas cidades pelos próximos quatro anos.
Na
Marim dos Caetés, disputam Vini Castello (PT) e Mirella Almeida (PSD) e
na cidade vizinha, Júnior Matuto (PSB) e Ramos (PSDB).
Faltando
poucas horas para o início da eleição, o Diario de Pernambuco organizou
uma pequena biografia dos quatro candidatos em Olinda e em Paulista e
trouxe algumas informações sobre essa segunda parte do pleito.
Olinda
A
frente no primeiro turno em Olinda, Vinicius Nascimento dos Santos,
conhecido como Vini Castello, nasceu em Paulista, mas foi criado em
Olinda, na comunidade da Barreira do Rosário.
Iniciou
na política em movimentos estudantis e sociais, ainda com 15 anos. É o
fundador do Coletivo Quilombo Mariele Franco na Universidade Católica de
Pernambuco, onde se formou em Direito.
Em
2020, foi eleito vereador de Olinda. Entre os projetos que aprovou no
cargo, estão o Estatuto da Igualdade Étnico-Racial e a proibição de
homenagens a escravocratas e ditadores. Dois anos depois, em 2022,
disputou o cargo de Deputado Estadual, conseguindo 22.713 votos.
No
primeiro turno, Vini assumiu a liderança alcançando 80.422 votos
(38,75%). Entre suas propostas, Vini afirmou, em entrevista ao Diario,
em setembro, que Olinda, hoje, é uma cidade analógica e que, em sua
gestão, caso seja eleito, fará uma parceria com o Conecta Recife. “Vou
plagiar João Campos para fazer um Conecta Olinda, porque projetos para
acessarmos o povo, podemos nos espelhar sim”, disse.
Ainda
falando de Olinda, Mirella Fernanda Bezerra de Almeida (PSD), ou
Mirella Almeida, nasceu no Recife, mas cresceu em Rio Doce. Concluiu o
Ensino Médio aos 16 anos e se graduou em Marketing.
Nas
duas gestões de Professor Lupércio (PSD), ela foi secretária de
Governo, também de Planejamento e Fazenda, e, por fim, de
Desenvolvimento Econômico, Inovação, Tecnologia e Turismo de Olinda.
Como
secretária, Mirella propôs a lei para isenção e anistia de Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU), Taxa de Limpeza Urbana e Imposto
Territorial de Bens e Imóveis (ITBI) para beneficiários da faixa 1 do
Programa Minha Casa, Minha Vida ou na faixa 1,5 do Programa Casa Verde e
Amarela. A iniciativa foi aprovada.
Com
62.289 votos no primeiro turno, Mirella disse, em entrevista ao Diario
de Pernambuco, que se eleita, sua gestão ampliará o número de creches na
cidade e criará um Centro de Qualificação e Capacitação para Mulheres.
“Queremos
fazer formações com as vocações da cidade, seja no ramo do turismo, da
economia criativa ou em algum viés de empreendedorismo. Queremos que as
mulheres consigam ingressar ou no mercado de trabalho formal ou no
empreendedorismo de fato”, afirmou.
Paulista
Em
Paulista, Severino Ramos de Santana, ou apenas Ramos, saiu na frente no
primeiro turno. Presidente da Federação dos Comerciários do Norte e
Nordeste (Feconeste), já presidiu o Sindicato dos Comerciários do Recife
e foi deputado estadual no ano de 2010, pelo PMN. O candidato a
prefeito também foi vereador do Recife por dois mandatos não
consecutivos, sendo o primeiro de 1996 a 2000 e o segundo de 2004 a
2008.
No primeiro turno, Ramos teve 30,66% dos
votos válidos, o equivalente a 74.092 votos. Entre suas propostas estão
a implementação de programas de patrulhamento e iluminação pública em
áreas consideradas de risco para as mulheres e a Casa de Parto
Humanizado.
Já Gilberto Gonçalves Feitosa
Junior, o Junior Matuto, começou sua trajetória política como vereador,
em 2008. No pleito seguinte, foi eleito prefeito, em 2012, sendo
reeleito em 2016 e permanecendo no cargo até 2020, quando teve seu
mandato cassado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Recentemente, após a
morte do deputado estadual José Patriota, assumiu sua cadeira na
Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Com
51.213 dos votos válidos, Matuto tem como um de seus objetivos, caso
seja eleito, “criar políticas públicas que assegurem uma melhor
qualidade de vida, saúde preventiva e fortalecimento da cobertura da
Atenção Básica e de Pronto Atendimento humanizados”.
Apoios
Quando
falamos de apoios políticos, os medalhões que realçam as campanhas dos
prefeituráveis, o cenário nas duas cidades se mostra semelhante.
Colocando
Júnior Matuto e Vini Castello em um lado, têm-se o presidente Lula
(PT), que já declarou apoio aos candidatos, e João Campos (PSB), que
participou das carreatas ao longo do calendário eleitoral. Do outro,
Mirella Almeida e Ramos, apoiados pela governadora do estado, Raquel
Lyra (PSDB), e da vice, Priscila Krause (PSD).
A
eleição em Paulista tem um quê a mais na política estadual. Dependendo
de qual partido — PSDB ou PSB — vença o pleito, isso indicará qual
legenda terá mais prefeitos eleitos em Pernambuco. Até o momento, com a
vitória deferida de Márcia Barreto (PSDB) em Joaquim Nabuco, ambos
conquistaram, até então, 31 prefeituras. O número expressivo sinaliza
qual legenda tem mais força no estado, detalhe que pode fazer a
diferença em uma disputa para o governo.
Pesquisas
O
levantamento do Instituto Exatta Estratégia e Pesquisa, contratado pelo
Diario de Pernambuco, divulgado nessa quinta-feira (24), aponta que
Vini Castello (PT) lidera a disputa com 54,46% das intenções de votos
válidos, Mirella Almeida (PSD) aparece com 45,54%. Já na pesquisa do
Instituto DataTrends, divulgada no início da semana, o inverso acontece.
Mirella aparece com 54% enquanto Vini surge com 46%.
Em
Paulista, a Pesquisa do Instituto Exatta, divulgada nessa sexta (25),
aponta Ramos com 69,19% dos votos válidos, enquanto Matuto aparece com
30,81%. Na pesquisa do Instituto Veritá, os resultados se assemelham,
Ramos lidera com 59,8% contra 28,4% de seu oponente.
Tanto
na pesquisa de Olinda quanto na de Paulista são considerados os votos
válidos da simulação estimulada, quando são apresentados os nomes dos
candidatos.
Primeiro turno
Observando o número de abstenções, votos nulos e brancos, o cenário se desenha apertado para os postulantes.
No
primeiro turno, Olinda teve 15.615 votos brancos, 20.909 nulos e
56.256 abstenções, um total de 92.780. O número é maior do que o total
do candidato que ficou à frente da disputa: Castello, que teve 80.422
votos. Em Paulista não foi diferente. Foram 9.813 votos brancos, 13.285
nulos e 45.096 abstenções, totalizando 68.194 votos.
Já
em relação aos oponentes dos prefeituráveis ainda no pleito, em Olinda,
Izabel Urquiza (PL) teve 51.526 votos e não declarou apoio a nenhum dos
candidatos ainda na disputa, Márcio Botelho (PP) com 9.989 votos,
anunciou seu apoio ao petista, assim como Antônio Campos (PRTB) que teve
3.124 votos. Somando todos, têm-se 64.639 votos que os postulantes
tentarão conquistar.
Os votos dos 235.231
eleitores foram divididos entre os seis candidatos. Além de Ramos e
Júnior Matuto que conquistaram o segundo turno, os candidatos Lívia
Álvaro (PP), Edinho Faz (PL), Francisco Padilha (PDT) e Souza Vigilante
(Mobiliza) alcançaram juntos 41.505 votos, uma porcentagem de 24,86%. Os
candidatos Lívia Álvaro e Edinho Faz brigaram pelo terceiro lugar no
pleito municipal, a primeira alcançou 15.784 votos (9,45%), enquanto o
candidato do PL teve 15.784 votos (9,18%), os dois declararam apoio a
Ramos. Padilha e Souza Vigilante declararam apoio a Júnior Matuto neste
pleito, juntos eles alcançaram 10.393 votos, sendo 9.989 o primeiro e
3.124 o segundo.
Por: Mareu Araújo
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