A disputa antecipada de Raquel e João
Quanto mais votos tiver, mais chances João tem também de atrair prefeitos aliados, notadamente se a governadora não conseguir reeleger o prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) em Caruaru. Ali, será o tudo ou nada para Raquel, tanto que o comando da campanha de Rodrigo passou a ser exercido por gente bem próxima e da confiança da governadora.
O tamanho de Raquel está em Caruaru. O de João, no Recife, é verdade, mas também na leitura do resultado eleitoral além da fronteira da capital. Na Região Metropolitana, as chances de João eleger mais aliados são bem maiores do que as de Raquel, até porque há municípios que a governadora pode somar dentro do seu universo, mas que, na prática, não se envolveu, como é o caso de Jaboatão.
Segundo maior colégio eleitoral do Estado, Jaboatão tende a reeleger o prefeito Mano Menezes (PL), provavelmente no primeiro turno, mas pelos méritos dele do que por influência da governadora, que ali não botou os pés. Em Olinda, Raquel se expôs na campanha de Mirella, mas o segundo turno é uma incógnita, pois todos os candidatos estão praticamente no mesmo patamar.
Em municípios estratégicos, como Garanhuns, terra do líder do Governo na Alepe, Izaías Régis (PSDB), a governadora sofrerá uma acachapante derrota, assim como em Petrolina, cenário bem favorável para a reeleição do prefeito Simão Durando. Outros municípios adversos para Raquel, segundo pesquisas, são Araripina, no Sertão do Araripe, e Cabo, na RMR.
PESQUISAS SEM MUDANÇAS
A mais recente pesquisa de intenção de voto para prefeito do Recife do Datafolha, divulgada ontem, traz um cenário praticamente igual à da Quaest, da última quarta-feira, apontando o socialista com 74% e Gilson Machado, este com exatos 10% do levantamento anterior. Daniel Coelho (PSD), candidato da governadora, subiu apenas um ponto, de 4% para 5%, mas aparece num cenário de empate com Dani Portela (Psol), que aparece com 4%. Nos votos válidos, João chega a 78% e Gilson a 11%.
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