Bolsonaristas vencem prefeitura em seis capitais e aliados de Lula só ganham duas
Ao todo, 11 capitais brasileiras escolheram o prefeito no primeiro turno; em três casos, candidato vitorioso era do ''centrão''
Candidatos apoiados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) largaram
na frente na corrida eleitoral por prefeituras contra os apadrinhados
políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas capitais
brasileiras.
Os aliados de Bolsonaro
conseguiram mais de 50% dos votos válidos e foram eleitos em seis
capitais já no primeiro turno das Eleições 2024, realizado neste domingo
(6). Por sua vez, os nomes ligados a Lula saíram vitoriosos em apenas
duas cidades.
Outros três candidatos do
“centrão”, que não estavam coligados nem ao PL nem ao PT, também foram
eleitos – totalizando 11 das 26 prefeituras sob disputa já definidas.
Nas outras 15 capitais, haverá segundo turno e o próximo prefeito só
será conhecido no dia 27 de outubro.
Para estas
eleições municipais, tanto o PT quanto o PL decidiram lançar
candidatura própria em 13 capitais, metade do total, e se enfrentaram
diretamente em oito delas. Na outra metade, as legendas optaram por
apoiar um candidato de partido coligado.
Lula x Bolsonaro
No
Recife, por exemplo, o atual prefeito João Campos é filiado ao PSB e
recebeu apoio de Lula para a reeleição. O candidato liderou a corrida
eleitoral desde o início e, sem sobressaltos, ganhou o pleito com 78,1%
dos votos válidos, recorde da capital pernambucana. O bolsonarista
Gilson Machado (PL) teve 13,9% e ficou em segundo lugar.
Outro
aliado de Lula que saiu vitorioso foi Eduardo Paes (PSD), reeleito no
Rio de Janeiro, com 60,4%. Já entre as candidaturas próprias, o PT não
conseguiu conquistar nenhuma capital no primeiro turno.
Por
sua vez, o partido de Bolsonaro conseguiu reeleger João Henrique Caldas
e Tião Bocalom, em Maceió e Rio Branco, respectivamente. Na capital
alagoana, o candidato do PL obteve mais de 83% dos votos. Já no Acre, a
margem foi mais apertada: 54,8%.
Entre os
aliados do ex-presidente, a vitória mais expressiva foi de Dr. Furlan
(MDB) que conseguiu 85% dos votos em Macapá. O grupo bolsonarista venceu
em Salvador, com Bruno Reis (UB), com 78,6%. Ganhou, ainda, em Boa
Vista, com Arthur Henrique (MDB), e Florianópolis, com Topázio Neto
(PSD).
Em Teresina, São Luís e Vitória, as
eleições foram vencidas por candidatos que não estavam alinhados a Lula
ou a Bolsonaro. Silvio Mendes (UB), ganhou na capital do Piauí e Eduardo
Braid (PSD) na do Maranhão.
Já na capital do
Espírito Santo, o vencedor foi Lorenzo Pazolini (Republicanos) que
desbancou candidaturas próprias do PT e do PL na corrida.
Segundo turno
A
vantagem dos nomes ligados a Bolsonaro deve ficar ainda maior após o
segundo turno. Enquanto candidatos apoiados pelo ex-presidente disputam
todas as 15 capitais ainda sem definição, os apadrinhados por Lula só
estão em cinco disputas.
Em
São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, o atual prefeito Ricardo
Nunes (MDB), apoiado por Bolsonaro, vai enfrentar Guilherme Boulos
(Psol), apadrinhado de Lula. No primeiro round, ambos fizeram 29%.
Petistas e bolsonaristas disputam diretamente, ainda, outras quatro capitais: Fortaleza, Natal, Porto Alegre e Cuiabá.
Em
todas elas, os candidatos de direita largaram na frente – com destaque
para o caso da capital gaúcha, onde Sebastião Melo (MDB), conseguiu
49,7% dos votos e, por muito pouco, não evitou nova disputa com Maria do
Rosário (PT).
Prefeitos eleitos no 1º turno
- Recife: João Campos (PSB) – apoiado por Lula
- Rio de Janeiro: Eduardo Paes (PSD) – apoiado por Lula
- Salvador: Bruno Reis (UB) – apoiado por Bolsonaro
- Maceió: João Henrique Caldas (PL) – apoiado por Bolsonaro
- Rio Branco: Tião Bocalom (PL) – apoiado por Bolsonaro
- Macapá: Dr Furlan (MDB) – apoiado por Bolsonaro
- Boa Vista: Arthur Henrique – apoiado por Bolsonaro
- Florianópolis: Topázio Neto (PSD) – apoiado por Bolsonaro
- Teresina: Silvio Mendes (UB) – não tinha apoio de Lula ou Bolsonaro
- São Luís: Eduardo Braide (PSD) – não tinha apoio de Lula ou Bolsonaro
- Vitória: Lorenzo Pazolini (Republicanos) não tinha apoio de Lula ou Bolsonaro
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