Boulos ignora estatuto do Psol e aceita R$668 mil de herdeiras de banco
Quatro banqueiras "socialistas" doaram quase 500 salários mínimos a Boulos
O candidato da extrema-esquerda, Guilherme Boulos (Psol) recebeu R$ 668 mil em doações para custear uma parte de sua campanha à prefeitura de São Paulo. Deste montante, R$ 600 mil são doações advindas de quatro herdeiras de instituições bancárias. As doações equivalem a quase 500 salários mínimos (exatos 473), no valor de R$1.412 cada, fixado por Lula (PT).
Boulos ao aceitar tais doações vai em contra-mão ao estatuto de seu partido, o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) diz que não aceita contribuições financeiras que sejam provenientes de instituições financeiras ou bancos.
“Não serão aceitas contribuições e doações financeiras provindas, direta ou indiretamente, de empresas multinacionais, de empreiteiras e de bancos ou instituições financeiras nacionais e/ou estrangeiros”, diz o artigo 71 da sigla, sobre o financiamento de candidaturas.
Segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as irmãs Moreau, herdeiras do Bocom BBM, doaram R$ 550 mil para a campanha do Psolista, R$ 300 mil a mais do que o valor doado pelo financiamento coletivo, popurlamente conhecido como “vaquinha virtual”.
Daniela Moreau, historiadora e mestre em Ciência Política, foi a responsável por doar o maior valor dentre as suas irmãs, R$ 300 mil por meio de transferência eletrônica. Já a sua irmã, a escritora Mariana Moreau, fez um repasse de R$ 200 mil para campanha de Boulos. Gisela Moreau, formada em artes, doou R$ 50 mil.
A campanha de Boulos também recebeu R$ 50 mil da escritora Beatriz Bracher. Beatriz é filha de Fernão Bracher, fundador do banco BBA Creditanstalt e que esteve à frente do Banco Central (BC) durante o governo de José Sarney (MDB).
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