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domingo, 22 de setembro de 2024

REVELAÇÕES CONTRA ALEXANDRE DE MORAES

Glenn Greenwald afirma que fará mais revelações sobre Moraes
                                Glenn Greenwald Foto: Reprodução/YouTube Glenn Greenwald

 

Volume de dados recebidos pelo jornalista é de mais de 6 gigabytes

 

Em vídeo publicado em seu canal no YouTube, o jornalista Glenn Greenwald disse que, embora venha sofrendo ameaças, não irá parar com as reportagens sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o ministro Alexandre de Moraes.

A publicação ocorre um mês depois de o jornalista ter revelado que Moraes teria ordenado de forma não oficial a produção de relatórios por parte do TSE.

Glenn explica o porquê de não ter revelado todo o conteúdo a que teve acesso acerca dos métodos de Moraes enquanto presidente do TSE.

– A fonte procurou um jornalista não para despejar tudo na internet, mas, sim, para fazer jornalismo com este arquivo.

De acordo com o fundador do portal The Intercept, a veiculação de todo o material não seria facilmente compreendido.

– Ninguém iria entender nada se eu jogasse todo esse arquivo na internet.

Na gravação de quase 30 minutos, o jornalista destaca que grande parte do material não teria relevância e o quão é trabalhosa esse tipo de apuração, para que não se perca a credibilidade.

– Um profissional ético não pode simplesmente divulgar especulações sob o risco de destruir a reputação das pessoas – apontou.

O volume do material em posse de Glenn gira em torno 6 gigabytes, mas ele garante que em algum momento será publicado, mas com todo o cuidado que esse tipo de apuração exige.

– O pior a se fazer neste momento é publicar algo sem termos certeza. O material só será publicado quando realmente estiver pronto – disse.

Glenn se queixou da falta de paciência das pessoas, fazendo uma comparação a fast foods.

– Isso aqui não é como o Burger King, em que você entra, pede um sanduíche e pronto – comparou.

O jornalista revelou também que irá contar com a colaboração de colegas jornalistas de outros veículos.

– É importante abrir esses arquivos para outros jornalistas, outros sites, para ter a certeza de que não estamos deixando nada de lado – afirmou.

Monique Mello

 

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