Candidatos à Prefeitura do Recife participam de sabatina na Fecomércio
Candidatos à Prefeitura do Recife participaram de sabatina na Fecomércio
nesta segunda-feira (20) (Fran Silva; Ademar Filho; Nicole Rodrigues;
Reprodução/Fecomércio)
Dani Portela, Gilson Machado, Daniel Coelho e João Campos foram os convidados desta segunda-feira (23)
Os candidatos à Prefeitura do Recife Dani Portela (PSOL), Gilson
Machado (PL), Daniel Coelho (PSD) e João Campos (PSB) participaram,
nesta segunda-feira (23), de sabatina na Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE).
Em
entrevista propositiva com o economista Luiz Maia e a cientista
política Priscila Lapa, os prefeituráveis voltaram a apresentar seus
programas de governo para solucionar os desafios enfrentados pela
capital pernambucana - em especial, sobre comércio e economia.
Confira os destaques
Dani Portela
“Existe
cidade no Brasil onde os ônibus são movidos a energia solar, de forma
complementar. Reduziram o consumo de combustível fóssil. Com essa
tecnologia, eles têm menos poluição e conseguiram implementar a tarifa
zero. Precisamos pensar em tecnologia de uma maneira que fortaleça o
meio ambiente, mas também o social”.
“Desenvolvemos
uma proposta que chamamos de Bom de Teto. Cerca de 43 mil imóveis estão
abandonados no centro. O Bom de Teto fala em requalificar esses
prédios, com exceção dos tombados. Muitos deles têm valores em dívidas
maiores do que o preço de venda. E a nossa Constituição prevê que essas
propriedades podem cumprir uma função para fim social”.
“É
preciso segurança além da polícia ostensiva. O município tem a
responsabilidade de ter uma cidade mais segura, mas entendendo que as
polícias civil e militar são responsabilidade do Estado. No entanto, é
possível trabalharmos em parceria. E a sensação de segurança vai
aumentar quando tivermos uma cidade que socialmente não seja tão
desigual”.
“Vamos criar uma Lei de proteção ao
trabalhador informal para que ele possa se formalizar, com qualificação,
capacitação e assistência técnica. Temos como fazer excelentes
parcerias para que a população que está na informalidade possa ter
garantia de um dinheiro fixo. O empreendedorismo tem sido uma grande
saída. Há parcerias que já existem para pensar em cursos voltados para
áreas com maior empregabilidade e retorno financeiro”.
“A
burocracia é quase impeditiva. Podemos fazer isso de maneira
inteligente, trazendo a tecnologia para desburocratizar para as
empresas, comerciantes, fazedores de cultura para quem quer acessar
editais e fomentos da Prefeitura. Tem sido uma barreira”.
Gilson Machado
“Vamos
zerar a carga tributária para quem for criar novos estacionamentos, dar
estímulo para os comerciantes com uma redução escalonada no ISS a
partir de ‘x’ funcionários por metro quadrado. E reativar a atividade da
construção civil através do aumento do coeficiente de construção, e
retirar o estacionamento da cobrança”.
“Vamos
reativar o Recife Antigo através de agenda cultural de segunda à
segunda com artistas locais, dando vida aos bairros e à Rua do Bom
Jesus. Isso está esquecido”.
“Vamos fazer uma
identificação de todos os imóveis no estado de abandono, dar isenção
para a recuperação. Não adianta eles terem um passivo impagável com a
prefeitura se o prejuízo maior é o imóvel estar fechado, sendo invadido.
Vamos reescalonar todos os débitos de quem queira fazer acordo. Quem
não quiser, vamos desapropriar com justiça, um valor venal, e não um
valor que não é justo para o cidadão”.
“Vamos
criar a Patrulha do Zap: uma viatura com quatro motos em cada bairro,
com até seis viaturas nos bairros mais populosos. Cada viatura vai ter
um whatsapp e um QR code para chamar em tempo real. Vamos aumentar o
efetivo da Guarda Municipal, que é menor do que a quantidade de
moradores de rua no Recife”.
“Vamos contratar
temporariamente a própria população para fazer a limpeza das galerias. O
excesso de plástico, de sujeira, poderia estar gerando emprego para a
população, levando dinheiro para a economia. Aquece todo o mercado”.
Daniel Coelho
“Recife
é a única capital do Nordeste que não tem sua guarda armada. Se um
estudante for assaltado na porta da escola, o segurança privado armado
não pode fazer nada, ele não tem poder de polícia. O guarda municipal
tem a prerrogativa legal de impedir o assalto, efetuar uma prisão. Não
faz sentido contratar segurança privada gastando mais”.
“Está
na nossa proposta R$ 36 milhões no primeiro ano para alugar cinco mil
imóveis com a retirada das pessoas da situação de rua. Se for esperar a
construção de habitacional com a fila em palafitas e áreas de risco,
nunca vamos enfrentar o problema das pessoas em situação de rua. À
medida que os habitacionais forem ficando prontos, vamos fazendo a troca
de quem está na habitação alugada para a permanente”.
“O
pequeno empreendedor muitas vezes tem impedimentos para receber o
microcrédito. A lógica de Petrolina que queremos implementar aqui é o
filtro pela formação no Sesc-Senac em empreendedorismo. Não adianta dar
microcrédito para quem não está preparado, que pode ter seu pequeno
comércio, mas não tem formação”.
“Precisamos
transformar o bairro do Recife no bairro do futuro. Talvez eu não
consiga embutir os fios na cidade toda, mas no bairro da Recife dá.
Garantir o monitoramento por câmera em toda cidade é difícil, mas no
bairro do Recife temos três entradas e três saídas. Queremos
transformá-lo no bairro mais sustentável do Brasil, com 100% de lixo
reciclado, 100% conectado, com wifi aberto, calçadas perfeitas”.
“Vamos
resolver a burocracia da saúde com telemedicina. Você tem consulta com
médico especialista. Em um primeiro contato remoto, já diz ao clínico
geral qual o exame, já sai com a consulta marcada. Ele chega no
especialista para iniciar o tratamento. Não estou gastando mais,
contratando ninguém, mas consigo eficiência no tratamento com tecnologia
já disponível”
João Campos
“Precisamos
trazer as pessoas para morar no centro. Onde as pessoas estão, o
comércio e o serviço estarão juntos. Precisamos reivindicar isso
enquanto política nacional. É inaceitável que você não tenha um
mecanismo de crédito específico para quem quer investir em área de
centro histórico, habitação de interesse social, de regeneração urbana. É
uma discussão para além dos limites do município”.
“Em
relação ao comércio de áreas fora do centro, legislação urbanística,
investimento público de melhoria da infraestrutura do entorno dos
comércios, e garantia dos serviços públicos de ordenamento urbano,
limpeza e iluminação”.
“Temos o compromisso de
fazer mais duas mil vagas, assim como fizemos no primeiro Embarque
Digital, onde juntamos empresas de tecnologia, Prefeitura e as
universidades, formando o jovem dialogando com as necessidades para ele
ocupar uma vaga aberta no mercado. Entre formados e estudando hoje,
cumprimos o que prometemos. Na primeira turma, 60% dos formados estavam
com carteira assinada na área de tecnologia no dia da formatura. Eles
recebem no primeiro salário o dobro da renda da sua família. Isso muda a
vida de uma família em dois anos e meio”.
“Temos
um plano para ser uma cidade carbono-neutra até 2050, um inventário
construído por instituições de braços ambientais da ONU. Temos crédito e
investimento sendo feito para que isso seja cumprido. No BID, temos
quase R$ 1,5 bilhão vinculado diretamente a eixos de resiliência
climática, contenção de encostas, drenagem, urbanização integrada,
abastecimento de água e saneamento”.
“Boa parte
dos congestionamentos derivam de um gargalo para superar o cruzamento
de um rio ou canal. Vamos fazer a ponte Cordeiro-Casa Forte, cruzando o
rio Capibaribe, e criar uma nova radial, com uma ponte no Arruda, ponte
em Rio Morno e o contorno de Cajueiro, para sair do Centro de Convenções
até a BR-101 sem passar pela Avenida Norte ou pela Agamenon Magalhães.
Estamos fazendo pontilhões em Setúbal e na rua Amélia, e um grande
projeto viário no Ibura com mais de dez intervenções de obras de pedra e
cal”.
Por: Guilherme Anjos
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