Colonoscopia virtual é opção menos invasiva para diagnóstico tumores do intestino grosso
Segundo Alexandre da Fonte, a colonoscopia virtual tem menos riscos para
o paciente do que a colonoscopia óptica (Rafael Vieira/DP )
A estimativa do Instituto Nacional de Câncer é que até 2025, mais de 45.630 casos de câncer de cólon (ou de intestino) sejam identificados no Brasil
Perda de peso sem motivo, vontade
frequente de ir ao banheiro, anemia e sangue nas fezes. Esses são alguns
dos sintomas do câncer de intestino (ou cólon ou colorretal), que é o
segundo tipo mais frequente em mulheres e o terceiro mais comum em
homens no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, até o
próximo ano, a expectativa é de mais de 45.630 diagnósticos da doença no
país. Uma das maneiras mais eficientes para identificar corretamente a
doença é com a realização de exames de imagem e a colonoscopia virtual é
uma opção menos invasiva para o paciente.
A
colonoscopia virtual é uma técnica que utiliza tomografia
computadorizada (TC) para criar imagens detalhadas do cólon e do reto.
Diferente da colonoscopia tradicional, que necessita de anestesia e
envolve a inserção de um endoscópio pelo reto, o procedimento é
realizado sem a necessidade de um dispositivo invasivo. Em vez disso, o
paciente é submetido a um exame de tomografia, usualmente sem a
necessidade de contraste intravenoso e as imagens obtidas são
processadas por softwares especializados para criar uma visualização
tridimensional do cólon.
Segundo
o coordenador do Centro de Diagnósticos do Hospital Jayme da Fonte,
Alexandre da Fonte, essa é uma das grandes diferenças entre os dois
tipos de colonoscopia. “Por ser um exame de imagem, o paciente não
precisa estar anestesiado, diferente da colonoscopia óptica, já que é
necessário inserir um tubo pelo reto para a visualização do intestino.
Na virtual, não é necessário introduzir essa mangueira e esse é um dos
grandes benefícios do procedimento: ser menos invasivo”, explica.
Apesar
disso, o preparo dos dois exames é parecido: é necessário usar remédios
laxativos e seguir uma dieta específica. Durante a colonoscopia
virtual, o médico precisa introduzir uma fina sonda no ânus para
introduzir o gás e dilatar o intestino do paciente. A intervenção pode
causar um desconforto, mas usualmente é indolor, e geralmente desaparece
após o fim do procedimento. A técnica é indicada quando o especialista
não consegue avaliar o cólon todo através da colonoscopia tradicional,
para pacientes de idades mais avançadas, que podem ter contraindicações
com a anestesia da colonoscopia convencional e também é uma das opções
dos exames disponíveis para o rastreamento e diagnóstico precoce do
câncer colorretal.
O coordenador e a equipe do Centro de Diagnósticos do Jayme da Fonte (Rafael Vieira/DP) |
Além
da menor invasividade e conforto, a colonoscopia virtual tem menos
riscos para o paciente do que a colonoscopia óptica (convencional) e a
sua capacidade de detectar anormalidades, como os pólipos intestinais e
os tumores, é similar à de uma colonoscopia óptica. Outro fator de
destaque da colonoscopia virtual é a possibilidade de se realizar um
exame sem a utilização dos laxativos, reduzindo a intensidade e a
frequência da diarreia, o que é bastante interessante nos pacientes mais
idosos e debilitados, que podem sofrer mais com o preparo convencional
com laxantes e até vir a ter complicações desse preparo.
“A
partir dos 45 anos, a população em geral, que não tem nenhum fator de
risco adicional, deve procurar um especialista gastrointestinal para
começar a fazer esse rastreamento do intestino e evitar um diagnóstico
de câncer de intestino tardio", finaliza Alexandre da Fonte. Com a
identificação precoce, as taxas de cura da doença chegam a 95%.Próximo
ao marco de celebrar 70 anos, o Hospital Jayme da Fonte é referência na
saúde pernambucana. A unidade conta com um centro de diagnóstico por
imagem, urgência e emergência em diversas especialidades, além de
consultas ambulatoriais.
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