PODE SER PRESO PELA DITADURA DE MADURO

Urrutia não vai à auditoria do STF venezuelano por risco de prisão

                Edmundo Gonzáles, principal opositor de Maduro Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

 

"Nestas condições, ficarei totalmente vulnerável", disse Edmundo González Urrutia

 

Proclamado presidente da Venezuela pela oposição, Edmundo González Urrutia afirmou que não atenderá à convocação para comparecer ao Tribunal Superior de Justiça (TSJ) nesta quarta-feira (7), porque corre risco de ser preso pelo regime chavista.

– Se eu for à Câmara Eleitoral nestas condições ficarei totalmente vulnerável por causa da impotência e à violação do devido processo e colocarei em risco não só a minha liberdade, mas, mais importante, a vontade do povo venezuelano, como expressaram em 28 de julho – assinalou na carta aberta publicada no X

A Corte Máxima chamou todos os dez candidatos presidenciais, incluindo o ditador Nicolás Maduro, para uma auditoria sobre o contestado resultado das eleições. Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral, com 51% dos votos, entretanto, não apresentou as atas eleitorais. A oposição, por outro lado, apresentou documentos que apontam a vitória de González por 67%, que podem ser conferidos no site resultadosconvzla.com.

Na carta aberta, González ainda instou as autoridades a “recuperarem a sensatez” e buscarem um “diálogo franco” na instância competente constitucionalmente, em um “quadro aceitável para todos”, em que os direitos humanos e a vontade do povo fiquem a salvo.

Segundo o partido político Vente Venezuela (VV), “há mais de mil pessoas detidas arbitrariamente por exercerem o seu direito à manifestação pacífica, após as eleições de 28 de julho”. Além disso, a ONG Provea contabiliza ao menos 24 mortes.

Além disso, a jovem María Oropeza, coordenadora estadual do Comando Nacional de Campaña (ConVzla), de María Corina Machado, foi sequestrada por agentes do regime chavista na Venezuela e divulgou, em transmissão ao vivo, sua detenção. Ela foi levada na noite desta terça-feira (6), sem informação sobre ordem judicial.

Por meio de publicação nas redes sociais, María Corina se pronunciou:

– Esta é María Oropeza. Uma jovem extraordinariamente corajosa, inteligente e generosa. Ela é a Coordenadora do ConVzla no estado de Portuguesa e fez um trabalho extraordinário unindo e organizando os cidadãos do seu estado. O regime acaba de levá-la à força e não sabemos onde ela está. Eles a sequestraram! – denunciou a líder opositora.

Thamirys Andrade