Rebeca Andrade faz história e conquista a prata no individual geral
(Foto: PAUL ELLIS/AFP)
Em uma disputa
bem equilibrada com Simone Biles, Rebeca brilha na prova individual
geral da ginástica artística e conquista sua quarta medalha olímpica
Rebeca Andrade segue na sua trajetória para se tornar uma das maiores
atletas do Brasil. Com acrobacias e movimentos precisos, calculados e
cheios de charme na Arena Bercy, a paulista conquistou a medalha de
prata no individual geral da ginástica artística nos Jogos Olímpicos de
Paris nesta quinta-feira (1º/8).
A disputa pelo ouro foi emocionante, mas ficou com a favorita
Simone Biles, dos Estados Unidos. O bronze ficou com a também
norte-americana Sunisa Lee. A outra brasileira na prova, Flavio Saraiva,
terminou na nona colocação. As 24 finalistas se apresentaram nas
rotações do salto, barras assimétricas, trave de equilíbrio e solo.
Foi
a quarta medalha de Rebeca Andrade em Olimpíadas. Em Paris, ela já
ganhou o bronze por equipes. Em Tóquio-2020, ela faturou o ouro no salto
e a prata no individual geral. Os maiores medalhistas do Brasil são os
velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, ambos com cinco medalhas.
Rebeca ainda disputa na capital francesa as finais do solo, salto e da
trave na semana que vem.
Como foi a prova
Ao
todo, 24 ginastas estavam envolvidas na final das competições do
individual geral na capital francesa. Porém, as atenções estavam
concentradas nas duas maiores estrelas. Na apresentação das atletas, a
brasileira Rebeca Andrade e a americana Simone Biles foram as mais
aclamadas pelo público. Não era para menos, pois o embate entre as duas
era o mais esperado. E, com diferença mínima de nota em cada aparelho,
não decepcionou.
As
duas maiores candidatas à medalha em Paris 2024 aqueceram juntas,
fizeram rotações espelhadas durante toda a apresentação e tiveram o
primeiro embate direto no salto. A vantagem foi de Biles. Rebeca
executou melhor o Cheng proposto, mas a maior dificuldade do movimento
da principal adversária (mesmo com um passo largo na saída) fez a
diferença nas notas: 15.100 x 15.766.
Nas
apresentações variadas pelos tablados da Arena Bercy, quem mais se
aproximou da marca de largada das favoritas foi a canadense Elsabeth
Black. Ela recebeu 14.066 pela série nas barras paralelas. Outra
brasileira envolvida na disputa, Flávia Saraiva iniciou a apresentação
em busca de medalhas individual no mesmo aparelho e, com uma série muito
bem executada, largou na disputa com 13.900.
O
cenário deixou claro o embate Rebeca x Biles. Nas barras, a brasileira
equilibrou. Praticamente impecável, fez 14.666 (a melhor nota dela no
aparelho em Paris 2024) e se aproveitou de um deslize da americana. Com
uma escapada, Simone tirou 13.733 e caiu para terceiro. No aparelho
favorito, Kaylia Nemour, da Argélia, posicionou-se entre as favoritas.
Com série consistente na trave, Flavinha se posicionou na nona
colocação, com um 14.266.
A história de Rebeca
Nascida
em Guarulhos, São Paulo, Rebeca começou a treinar aos 4 anos de idade.
Ela vem de uma família de sete irmãos e toda a renda da casa era
proveniente da mãe, que era empregada doméstica. Apesar da grande
evolução na modalidade, ela ficou alguns períodos sem treinar por falta
de recursos.
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