Metroviários decidem manter estado de greve até 1º de Outubro
Foto: Guilherme Camilo/Sindmetro-PE
A categoria não descarta decretar greve caso o Acordo Coletivo Especial (ACE) não seja assinado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) até esta data
Os metroviários que atuam no Metrô do Recife decidiram manter o estado de greve até o dia 1º de outubro.
A
decisão da categoria aconteceu após uma Assembleia Geral convocada pelo
Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), na noite desta
terça-feira (27), na Praça da Greve, em frente à Estação Central do
Recife, no bairro de São José, na área Central da Capital.
Por unanimidade, os metroviários decidiram marcar uma nova assembleia para o dia 1º de outubro,
Segundo
o sindicato, os metroviários não descartam decretar greve caso o Acordo
Coletivo Especial (ACE) seja assinado pela Companhia Brasileira de
Trens Urbanos (CBTU) até esta data.
A
categoria está em estado de greve desde o dia 25 de julho. Os
metroviários exigem um plano de revitalização e a saída da Companhia
Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Plano Nacional de Desestatização
(PND), do Governo Federal.
“O
que vem ocorrendo é uma onda de terrorismo por parte da direção da
CBTU, dizendo que vai ser privatizado o metrô no mês de outubro. O que
vai ocorrer é esse estudo que definirá o que vai acontecer com o
sistema, seja a privatização ou não. Caso essa falácia continue, o
sindicato tratará o assunto na Justiça", completou o presidente do
Sindmetro, Luiz Soares.
O dirigente sindical
também ressaltou a insatisfação da categoria com o ritmo das negociações
e a falta de compromisso do Governo Federal. "Estamos diante de uma
situação crítica. Se o Governo e a CBTU não avançarem e assinarem o
acordo, será inevitável a paralisação total do sistema a partir de
outubro, pela falta de compromisso com a categoria", afirmou Luiz
Soares.
Fechamento do Metrô aos domingos
De
acordo com o Sindmetro, a categoria também discutiu o recente
fechamento do metrô aos domingos, anunciado pela CBTU para a realização
de obras de manutenção do modal. A medida começa a partir do próximo dia
1º de setembro.
“A diretoria do sindicato
solicitou formalmente à CBTU a apresentação de um laudo ou estudo que
justifique essa decisão. Caso a CBTU não forneça uma justificativa
convincente, os metroviários continuarão a se opor à medida, que
prejudica mais de 30 mil usuários que dependem do transporte aos
domingos. Se a opinião da categoria não for levada em consideração, o
Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Federal serão
acionados contra a direção da companhia”, disse o sindicato, por meio de
nota.
A reportagem do Diario
entrou em contato com a assessoria de imprensa da CBTU, que informou
que a companhia só irá se pronunciar sobre a movimentação dos
metroviários somente quando houver uma nova assembleia dos
profissionais.
Por: Wilson Maranhão
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