Defesa de Vagner explica ação e nega que goleiro tenha pedido para sair do Náutico para se aposentar
Vagner deixou os Aflitos com 68 jogos disputados com a camisa do Náutico
Goleiro entrou com processo no valor de R$ 500 mil, referente a verbas trabalhistas; Náutico diz que jogador agiu de má fé, afirmando que não jogaria mais ao deixar o clube
A defesa do goleiro Vagner se pronunciou sobre o processo que o jogador
deu entrada contra o Náutico, cobrando R$ 500.124,36 referentes a verbas
trabalhistas devidas pelo clube. Além disso, o advogado do jogador,
Mateus Smanioto, contestou a versão divulgada pela direção timbu de que o
atleta teria pedido o desligamento para se aposentar.
O gerente jurídico do Náutico, Fernando Lamar, afirmou que o clube pretende responder com uma ação cobrando a multa rescisória contratual do jogador,
já que teria fechado um acordo baseado na versão dele de que iria se
aposentar por causa das seguidas lesões no joelho. Ao conseguir a
liberação, o goleiro assinou com o Tacuary-PAR.
A defesa de Vagner contesta a versão do Náutico e garante que, em nenhum momento, ele afirmou que iria se aposentar, nem internamente, nem publicamente. Na entrevista em que anunciou sua intenção de deixar o clube, após a partida com o Remo, o goleiro disse que tinha objetivo de seguir a carreira em um clube de menor exigência.
"(A carreira) Segue. Buscar um lugar mais tranquilo para trabalhar. Onde a carga de jogo seja um pouco menor, onde a exigência seja um pouco menor. Espero que apareça alguma oportunidade. Mas hoje no Náutico é meu último jogo", disse Vagner, na época.
- Ele alega que não seria o último jogo na carreira, e sim no Náutico. Em nenhum momento, Vagner disse que iria se aposentar, tanto no bastidor, quanto publicamente - afirma o advogado Mateus Smanioto.
A ação na Justiça aponta que o Náutico deve ao jogador uma série de verbas trabalhistas: 13° salário, terço de férias, dois meses de salários, um mês de direito de imagem, além de não ter nenhum mês de FGTS depositado. Houve uma conversa inicialmente amigável para um acordo de saída, mas o advogado garante que não se chegou a um valor final - como foi alegado pelo clube - e sequer houve algum pagamento por parte do Náutico.
- O único documento assinado pelo Vagner foi um pedido de desligamento alegando foros íntimos, que seriam a falta de pagamento de todos esses direitos e para ter um tratamento adequado para a lesão dele. Mas a partir do momento que o clube não estava cumprindo a parte dele, referente a pagamento, não teve como segurar. Independente de valor, ele tem que receber o que é de direito - explicou Smanioto.
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