Bolsonaro ignora indiciamento no caso das joias sauditas e critica a imprensa
A agenda de Milei no Brasil não prevê encontro com o presidente Lula e nenhum representante do atual governo. A previsão é de que o presidente da Argentina chegue em Balneário Camboriú entre 21h e 22h da noite e participe de um jantar oferecido pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Melo, com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e de empresários. A programação oficial do evento não foi divulgada, mas a previsão é de que Milei discurse na CPAC neste domingo.
No Planalto, a avaliação é de que Milei comete uma afronta ao vir ao Brasil sem uma agenda oficial com o governo que está no poder – mas, ao contrário, dando apoio ao seu maior opositor – o ex-presidente Bolsonaro. Para evitar dar ainda mais visibilidade ao encontro de Balneário Camboriú, a estratégia do Planalto é também ignorar Milei, minimizando a presença dele no país.
O histórico da relação entre Milei e Lula, que estão em campos políticos opostos, é de críticas e ataques. Nas eleições de 2022, Milei chamou Lula de corrupto e comunista. Milei acusa o petista de ter interferido nas eleições argentinas ao atuar para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina liberasse empréstimo de 1 bilhão de dólares para a Argentina, favorecendo o então ministro da Economia e adversário político de Milei, Sergio Massa. Recentemente Lula disse que o presidente argentino deveria pedir desculpas pelas “bobagens” que falou. Milei retrucou, e disse que não iria se desculpar por ter falado a verdade.
Ontem à noite, o porta-voz do governo da Argentina, Manuel Adorni, classificou as reuniões de Javier Milei com o governador de Santa Catarina e empresários do estado como “prioritárias” em relação a um encontro bilateral com o presidente Lula. Jorginho Mello é um dos governadores mais alinhados ao bolsonarismo.
Se por um lado o presidente da Argentina participa do evento conservador, em Santa Catarina, Milei não vai participar da próxima reunião do Mercosul, na segunda, no Paraguai. A justificativa foi “agenda sobrecarregada”. A secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, Gisela Padovan, classificou como “politicamente lamentável” a ausência do presidente da Argentina, Javier Milei, na reunião de líderes do Mercosul.
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