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domingo, 28 de julho de 2024

E O ESTUDANTE POBRE QUE SE LASQUE

Estudantes vandalizam universidade pública pichando paredes e quebrando móveis em protesto por corte de bolsas

                                                                       Foto: Reprodução.

 

Alunos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) depredaram a reitoria da instituição, localizada no Maracanã, Zona Norte do Rio, nesta sexta-feira (26). O ato de protesto incluiu pichações nas paredes com os dizeres “fora Gulnar”, em referência a Gulnar Azevedo e Silva, atual reitora da UERJ. Os manifestantes também destruíram móveis durante a manifestação.

A depredação promovida pelos estudantes ocorre após a UERJ anunciar mudanças nos critérios de elegibilidade para bolsas e auxílios de assistência estudantil. Uma das principais alterações foi a revisão da renda mínima necessária para que estudantes de ampla concorrência possam acessar a Bolsa Auxílio Vulnerabilidade Social (BAVS).

Por que os estudantes da UERJ estão protestando?

Antes das mudanças, para ser contemplado pela Bolsa Auxílio Vulnerabilidade Social (BAVS), os estudantes precisavam comprovar uma renda bruta de até um salário mínimo e meio por pessoa da família. Com a nova regra, esse valor foi reduzido para apenas meio salário mínimo. Além disso, cortes no auxílio alimentação e passagem, ambos de R$ 300, e a redução pela metade do auxílio para material didático, que costumava cobrir R$ 1,2 mil, também foram anunciados.


Reação da UERJ aos atos de vandalismo

Em nota oficial, a UERJ repudiou os atos cometidos pelos alunos e enfatizou que as imagens que circulam nas redes sociais evidenciam que um grupo de pessoas praticou uma série de depredações do patrimônio público. A universidade afirmou ainda que “os manifestantes agiram com violência na intimidação de servidores para entrar sem autorização nas salas dos gestores da Universidade, em ação absolutamente inaceitável”.

A reitoria da UERJ declarou que irá apurar as responsabilidades e conta com a ação da Prefeitura dos campi e do setor de Segurança para garantir o pleno funcionamento da universidade. “Nada justifica as violências praticadas no dia de hoje. Não haverá discussão possível nessas bases”, finalizou o comunicado.

Como as mudanças nas bolsas afetam os estudantes?

Para muitos estudantes da UERJ, a redução nos critérios de elegibilidade e nos valores dos auxílios representa um impacto significativo em suas condições de estudo. A Bolsa Auxílio Vulnerabilidade Social (BAVS) e outros auxílios são cruciais para aqueles que dependem desse suporte financeiro para se manterem na universidade. As novas regras limitam ainda mais quem pode acessar esses benefícios, o que gerou grande insatisfação entre os alunos.

  • Revisão da renda mínima para meio salário mínimo.
  • Corte de R$ 300 no auxílio alimentação.
  • Corte de R$ 300 no auxílio passagem.
  • Redução pela metade no auxílio para material didático.

Impacto na vida dos estudantes

Os auxílios fornecidos pela UERJ permitem que muitos estudantes de baixa renda possam continuar seus estudos sem enfrentar dificuldades financeiras excessivas. Com as novas mudanças, os alunos temem a evasão universitária, pois muitos não poderão arcar com as despesas básicas.

Adicionalmente, a comunidade acadêmica tem discutido maneiras de reverter as mudanças e encontrar soluções que não afetem de forma tão abrupta os estudantes. Reuniões estão sendo organizadas para que os alunos possam expressar suas preocupações e buscar apoio de entidades estudantis e outras organizações.

Quais são as alternativas para os estudantes impactados?

Os alunos que se sentem prejudicados pelas novas políticas da UERJ têm buscado alternativas para continuar seus estudos sem perder a qualidade de vida. Entre as opções estão:

  1. Procurar outras bolsas de estudo fornecidas por organizações externas.
  2. Buscar estágios remunerados para complementar a renda.
  3. Organizar-se em grupos para reivindicar direitos e buscar apoio legal.
  4. Participar em programas de ajuda mútua entre estudantes.

 Apesar do cenário atual e das adversidades enfrentadas, estudantes e professores da UERJ continuam buscando formas de manter a qualidade educativa e o suporte integral aos alunos mais vulneráveis. A esperança é que, através do diálogo e das ações conjuntas, seja possível reverter ou minimizar os impactos das mudanças anunciadas.

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