Opositor de Maduro expõe duras verdades ao falar sobre ‘atrito’ entre ditador e Lula
Foto: Federico Parra / AFP
As recentes trocas de farpas entre Nicolás Maduro e Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) atraíram as atenções para Edmundo González Urrutia,
principal opositor do chavista nas eleições venezuelanas. Nesta
quarta-feira (24), durante uma entrevista à repórter Paula Paiva Paulo,
do G1, Urrutia destacou a sensibilidade exacerbada do governo de Maduro e
suas reações antidemocráticas diante de críticas, desconsiderando até
mesmo antigas alianças.
Para Urrutia, Lula sempre foi um aliado quase incondicional do governo
de Maduro. No entanto, ele mencionou que o governo venezuelano reage de
forma drástica quando criticado, revelando uma faceta autoritária que
não condiz com uma sociedade democrática.
Em análise às atitudes recentes de Maduro, Urrutia destacou que medidas como o desconvite de observadores internacionais europeus são sinais claros de desespero e nervosismo das autoridades do país. Segundo ele, essa postura reflete o medo real do governo de perder as eleições agendadas para o próximo domingo, dia 28.
A principal preocupação de Urrutia é com a possibilidade de violência, especialmente após as declarações alarmantes de Maduro sobre um possível “banho de sangue” e “guerra civil” em caso de derrota. Contudo, Urrutia se mostrou confiante de que, na eventual vitória da oposição, a transição será pacífica e sem violência.
Como Urrutia Planeja Melhorar a Economia Venezuelana?
Outro ponto crucial da campanha de Urrutia é a recuperação da economia venezuelana. Ele aponta que a economia do país está “no chão” e arremata que há uma necessidade urgente de restaurar o poder aquisitivo do bolívar, a moeda nacional. Segundo ele, é imperativo iniciar um trabalho árduo para reverter a situação econômica catastrófica do país.
Quais são os Pontos Principais do Plano Econômico de Urrutia?
- Fortalecer o poder aquisitivo do bolívar.
- Oferecer oportunidades aos refugiados venezuelanos para retornarem ao país.
- Aproveitar as experiências internacionais desses refugiados no processo de recuperação econômica.
Além disso, Urrutia promete um governo que facilite o retorno dos venezuelanos que emigraram, desejando que eles tragam consigo as experiências adquiridas no exterior para contribuir no processo de reconstrução do país.
Território de Essequibo: Reivindicação Pacífica de Maduro?
Outro ponto ressaltado por Urrutia envolve a disputa pelo território de Essequibo, na Guiana. Embora ele concorde com Maduro sobre a reivindicação desse território, defende uma abordagem pacífica e mediada pelo Acordo de Genebra de 1966. Para ele, é uma “reivindicação histórica” que precisa ser resolvida com diplomacia e sem confronto.
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