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quinta-feira, 27 de junho de 2024

SEM A LAVA JATO

Marcelo Odebrecht ainda responde a mais 40 processos

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                                               Marcelo Odebrecht. (Foto: Arquivo EBC)

 

Decisões do ministro Dias Toffoli se limitaram a anular as condenações e atos de Sérgio Moro contra o ex-presidente da construtora

 

As decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que anularam as condenações de Marcelo Odebrecht, e o acordo que o governo deve fechar com as empreiteiras da Lava Jato para revisão da forma de pagamento de suas multas não alteraram a rotina do ex-presidente da construtora.

Segundo a jornalista Mônica Bergamo, colunista da BandNews, dez anos depois do início da operação, Marcelo Odebrecht continua envolvido em seu complexo jurídico e ainda hoje é alvo de 40 processos. Sua rotina de trabalho envolve acompanhar minuciosamente cada um deles a partir de um escritório instalado no subsolo de sua casa, em São Paulo.

As decisões de Toffoli não modificam a situação, pois apenas anularam as condenações e ações de Sergio Moro contra Marcelo Odebrecht. Todos os atos realizados por outros promotores, juízes e órgãos de fiscalização permaneceram inalterados.

Os cerca de 40 processos enfrentados por Marcelo Odebrecht têm origem no acordo de delação premiada que ele firmou durante a operação Lava Jato e que foi mantido por Toffoli.

Existem processos no Tribunal de Contas da União (TCU), na Receita Federal e também na Justiça Criminal da Bahia e do Distrito Federal.

Marcelo também não obteve anos adicionais de liberdade, já que ele já havia cumprido todas as penas às quais foi sentenciado.

Em 2016, Moro sentenciou o empreiteiro a 19 anos e 4 meses de prisão. Após o acordo de colaboração, a pena foi reduzida para dez anos. Posteriormente, foi reduzida para sete anos e meio, quando o ministro do STF, Edson Fachin, determinou uma revisão do acordo.

Marcelo Odebrecht cumpriu dois anos e meio em regime fechado em Curitiba (PR), depois mais dois anos em regime fechado domiciliar, e outros dois anos e meio em regime semiaberto. No início de 2023, ele completou sua pena e retornou à plena liberdade.

 Maria Fernanda

 

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