Período junino aquece o comércio do milho em Pernambuco
Impulsionado pelo São João, o Ceasa - PE espera um retorno econômico de R$ 7 milhões com a comercialização do produto neste ano
O São João vem se aproximando e com as condições climáticas favoráveis para o aumento da produção no
estado e em outros locais no Nordeste, o Centro de Abastecimento e
Logística de Pernambuco (Ceasa - PE) prevê um aumento de 10% na
comercialização do produto em relação ao ano passado.
Segundo
o diretor técnico operacional do Ceasa - PE, Charles Gultiergue, a
expectativa para o comércio do milho neste ano é a melhor possível. “Ano
passado chegamos a comercializar 10 milhões de espigas de milho e neste
ano a gente calculou, pela movimentação inicial, para 11 milhões de
unidades. Um aumento de cerca de 10%”, conta.
Ou
seja, considerando a mão de milho, que está custando em média R$ 35, o
Ceasa espera um retorno econômico de R$ 7 milhões para este ano com a
comercialização do produto. Além disso, o centro prevê ainda, que
comparado ao ano passado, até o final do período junino, o preço poderá
estar 20% mais barato que no ano passado com o aumento da entrada do
produto.
De acordo com
o diretor, essa expectativa de crescimento das vendas do milho é
reflexo da produção gerada por condições climáticas favoráveis com as
chuvas na Região Metropolitana do Recife que também repercutiram nas
cidades do entorno. “A região que fornece o milho se estende desde os
municípios de Chã Grande, Passira, Vitória de Santo Antão, até Ibimirim.
90% do nosso milho vem dessas regiões do estado e os outros 10% vêm da
Paraíba e do Rio Grande do Norte”, explica.
Ainda
segundo informações do Ceasa, os municípios de Pernambuco que mais
fornecem o milho comercializado no centro são: Passira (26,76%), Chã
Grande (16,15%), Gravatá (8,64%), Vitória de Santo Antão (8,59%), Barra
de Guabiraba (8,11%), Ibimirim (7,84%), Amaraji (3,33%), Glória do Goitá
(3,29%), Bonito (3,01%), Sairé (1,69%), Lagoa de Itaenga (1,56%),
Pombos (1,43%), Bezerros (0,84%), Belo jardim (0,42) e outros (8,34).
O vendedor Isaias Maximilíano se prepara para um fluxo de vendas mais intenso nos dias próximos ao São João (Foto: Rafael Vieira/DP) |
O
vendedor Isaias Maximilíano, de 37 anos, que vende o produto no Ceasa,
conta que esse ano as vendas já estão melhores do que em 2023 e espera
que o movimento aumente ainda mais com a proximidade do São João.
“Estamos vendendo quatro carros de milho por dia, mas a gente pretende
vender dez carros por dia. A gente vende a mão de milho por R$ 40 ou R$
25”, conta Isaias. Ele explica que o preço varia de acordo com o tamanho
da espiga.
A empreendedora Luciene de Oliveira compra o milho para produzir comidas típidas e vender durante o período junino (Foto: Rafael Vieira/DP) |
Já a empreendedora Luciene de Oliveira, de 41 anos, cuidadora e vendedora de alimentos, que ela mesmo prepara com o milho, aproveitou a época, próxima aos festejos juninos, para comprar o produto e preparar as comidas típicas. Ela vende canjica, pamonha e milho cozido de quinta e domingo ao lado Igreja do Barro, Zona Oeste do Recife. “Por enquanto, o preço do milho está ótimo. Comprei a mão de milho por R$ 35 e ano passado eu comprei mais cara, estava por R$ 50”, relata. A mão de milho contém cerca de 50 unidades.
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