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segunda-feira, 17 de junho de 2024

SÃO JOÃO 2024

Período junino aquece o comércio do milho em Pernambuco

De acordo com o Ceasa - PE, o preço do milho poderá ficar até 20% mais barato que no ano passado com a proximidade do São João (Foto: Rafael Vieira/DP)

 

Impulsionado pelo São João, o Ceasa - PE espera um retorno econômico de R$ 7 milhões com a comercialização do produto neste ano
 

O São João vem se aproximando e com as condições climáticas favoráveis para o aumento da produção no

estado e em outros locais no Nordeste, o Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa - PE) prevê um aumento de 10% na comercialização do produto em relação ao ano passado.

Segundo o diretor técnico operacional do Ceasa - PE, Charles Gultiergue, a expectativa para o comércio do milho neste ano é a melhor possível. “Ano passado chegamos a comercializar 10 milhões de espigas de milho e neste ano a gente calculou, pela movimentação inicial, para 11 milhões de unidades. Um aumento de cerca de 10%”, conta.

Ou seja, considerando a mão de milho, que está custando em média R$ 35, o Ceasa espera um retorno econômico de R$ 7 milhões para este ano com a comercialização do produto. Além disso, o centro prevê ainda, que comparado ao ano passado, até o final do período junino, o preço poderá estar 20% mais barato que no ano passado com o aumento da entrada do produto.

De acordo com o diretor, essa expectativa de crescimento das vendas do milho é reflexo da produção gerada por condições climáticas favoráveis com as chuvas na Região Metropolitana do Recife que também repercutiram nas cidades do entorno. “A região que fornece o milho se estende desde os municípios de Chã Grande, Passira, Vitória de Santo Antão, até Ibimirim. 90% do nosso milho vem dessas regiões do estado e os outros 10% vêm da Paraíba e do Rio Grande do Norte”, explica.

Ainda segundo informações do Ceasa, os municípios de Pernambuco que mais fornecem o milho comercializado no centro são: Passira (26,76%), Chã Grande (16,15%), Gravatá (8,64%), Vitória de Santo Antão (8,59%), Barra de Guabiraba (8,11%), Ibimirim (7,84%), Amaraji (3,33%), Glória do Goitá (3,29%), Bonito (3,01%), Sairé (1,69%), Lagoa de Itaenga (1,56%), Pombos (1,43%), Bezerros (0,84%), Belo jardim (0,42) e outros (8,34).

O vendedor Isaias Maximilíano se prepara para um fluxo de vendas mais intenso nos dias próximos ao São João (Foto: Rafael Vieira/DP)
O vendedor Isaias Maximilíano se prepara para um fluxo de vendas mais intenso nos dias próximos ao São João (Foto: Rafael Vieira/DP)
 

O vendedor Isaias Maximilíano, de 37 anos, que vende o produto no Ceasa, conta que esse ano as vendas já estão melhores do que em 2023 e espera que o movimento aumente ainda mais com a proximidade do São João. “Estamos vendendo quatro carros de milho por dia, mas a gente pretende vender dez carros por dia. A gente vende a mão de milho por R$ 40 ou R$ 25”, conta Isaias. Ele explica que o preço varia de acordo com o tamanho da espiga.

A empreendedora Luciene de Oliveira compra o milho para produzir comidas típidas e vender durante o período junino (Foto: Rafael Vieira/DP)
A empreendedora Luciene de Oliveira compra o milho para produzir comidas típidas e vender durante o período junino (Foto: Rafael Vieira/DP)    

 

Já a empreendedora Luciene de Oliveira, de 41 anos, cuidadora e vendedora de alimentos, que ela mesmo prepara com o milho, aproveitou a época, próxima aos festejos juninos, para comprar o produto e preparar as comidas típicas. Ela vende canjica, pamonha e milho cozido de quinta e domingo ao lado Igreja do Barro, Zona Oeste do Recife. “Por enquanto, o preço do milho está ótimo. Comprei a mão de milho por R$ 35 e ano passado eu comprei mais cara, estava por R$ 50”, relata. A mão de milho contém cerca de 50 unidades.

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