Professores da UFPE decidem sobre fim da greve nesta quinta-feira (27)
Foto: Divulgação/UFPE
Tendência é de que docentes aprovem fim da paralisação que começou em 22 de abril. Negociação sobre calendário acadêmico e reposição das aulas deve ser o próximo passo
Professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
vão decidir nesta quinta-feira (27) se vão encerrar a greve, que já
dura 66 dias. Os docentes participarão de uma assembleia, que terá a
primeira chamada às 8h30 e a segunda às 9h, no auditório do Centro de
Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), no campus Recife da instituição, na
Várzea.
A assembleia vai acontecer de forma
híbrida, ou seja, com a participação presencial e virtual. A votação
ocorre em terminais instalados no auditório do CCSA, mas também online.
“A
assembleia tem dois pontos: a análise de conjunturas e a deliberação
sobre a saída da greve. A proposta do Governo federal não foi de todo o
agrado”, destaca a presidenta da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), Teresa Lopes.
No
domingo (23), professores de universidades e de institutos federais
chegaram a um acordo para encerrar a greve e assinaram um acordo para
oficializar a decisão nesta quarta (26). Segundo o Sindicato Nacional
dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o fim da
greve se inicia nesta segunda-feira (24), devendo se consolidar
plenamente até 3 de julho.
“Depois da
assinatura do acordo com o governo federal por parte do Comando Nacional
de Greve, se faz ainda mais importante que os professores da UFPE se
posicionem. Assim como a greve começou com uma assembleia, ela deve ser
finalizada também com uma assembleia”, destaca Teresa.
Caso
o fim da greve seja aprovado pelos professores da UFPE, a Associação
dos Docentes da UFPE (Adufepe) deverá iniciar o processo de negociação
com a reitoria para definir o novo calendário acadêmico e a reposição
das aulas.
Governo anunciou mais investimentos na educação
No
dia 10 de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a
inclusão de mais de R$ 3,77 bilhões em investimentos para as
universidades federais, dentro do Novo PAC, com implantação de 10 novos campi nas cinco regiões do país.
O valor se soma ao investimento de R$ 1,75 bilhão destinado aos hospitais universitários e totalizam R$ 5,5 bilhões para todas as instituições públicas federais de ensino superior.
No total, são R$ 3,17 bilhões
para 338 obras para todas as 69 universidades federais, sendo 223 novas
obras, além da retomada de 95 e a conclusão de 20 que já estão em
andamento. Mais de um milhão de estudantes universitários serão
beneficiados.
Serão construídos novos Campi em
São Gabriel da Cachoeira (AM), Rurópolis (PA), Cidade Ocidental (GO),
Caxias do Sul (RS), Ipatinga (MG), Jequié (BA), Baturité (CE), São José do Rio Preto (SP), Sertânia (PE) e Estância (SE).
“Eu
sei que a gente recebeu a recomposição salarial de 2025 e 2026 e as
universidades, com o PAC, receberam R$ 5,5 bilhões. A gente, em
Pernambuco, também recebeu o campus em Sertânia e recebeu as bolsas de
permanência para os alunos indígenas e quilombolas. Essa greve conseguiu
bastante coisa, mas a gente não conseguiu a recomposição salarial de
2024 e segue com aumento zero neste ano e isso desagradou a maioria dos
professores”, afirma a presidenta da Adufepe, Teresa Lopes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário