Pernambuco registra mais três casos da Febre do Oropouche e contabiliza nove registros da doença, diz Lacen-PE
Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz
Segundo o laboratório, o vírus Oropouche isolado foi identificado em um homem e duas mulheres, que não tiveram as idades divulgadas
Pernambuco registrou mais três novos casos confirmados da
Febre Oropouche e, agora, o Estado registrou nove casos confirmados
laboratorialmente da doença.
As
informações foram divulgadas nesta quinta-feira (27), pelo Laboratório
Central de Pernambuco (Lacen-PE), vinculado à Secretaria Estadual de
Saúde (SES).
Segundo o laboratório, o vírus
Oropouche isolado foi identificado em um homem e duas mulheres, que não
tiveram as idades divulgadas.
A
pasta informou que os pacientes residem nos municípios de Camaragibe
(Grande Recife), Timbaúba (Mata Norte do Estado) e Jaqueira (Mata Sul do
Estado).
“Com os exames positivos, até o
momento, o Estado registrou nove casos da febre. As confirmações são
realizadas através do exame de PCR em tempo real. Após resultado
negativo de amostras testadas para Dengue, Zika e Chikungunya, é
realizada a análise para Oropouche. Todo o procedimento segue as
orientações do Ministério da Saúde”, disse a SES, por meio de nota.
De acordo com a diretora do Lacen, Keilla Paz, é muito importante realizar os testes.
"O
resultado traz um alerta sobre a importância da vigilância laboratorial
que deve funcionar de forma rotineira para identificação de arbovírus
circulantes na região, que muitas vezes são subnotificados nos sistemas
de vigilância em saúde pública", ressaltou a diretora.
Sobre a doença
A
febre Oropouche pode ser provocada por dois vetores bem conhecidos da
população local: o maruim e a muriçoca. “Diferente da Dengue, Zika e
Chikungunya, cujo vetor é o Aedes aegypti e o ciclo se dá
prioritariamente em água limpa, o maruim e a muriçoca possuem
preferência por água com muito material orgânico, seja de mangues,
córregos, alagados e até de despejo sanitário. O enfrentamento químico
com larvicidas e outros produtos não é efetivo neste caso”, explicou o
diretor geral de Vigilância Ambiental, Eduardo Bezerra.
Prevenção
Segundo
a SES, a atividade desses insetos se dá com maior intensidade na
penumbra, isto é, no amanhecer e no anoitecer. Desta maneira, a adoção
de proteção como telas e mosquiteiros, uso de roupas que protejam pernas
e braços, além do uso orientado de repelentes, são necessários para
evitar a investida dos vetores.
Por: Wilson Maranhão
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