Começa nesta quinta (6) a 28ª edição do Cine PE, no Teatro do Parque
Festival segue até o dia 11 e os ingressos podem ser retirados gratuitamente a partir das 17h na bilheteria do teatro
A 28ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual
terá sua noite de abertura hoje, às 19 horas, no Cineteatro do Parque e,
através do tema 'Ver, ouvir, sentir', o evento tradicional segue até o
dia 11, com entrada gratuita, e homenageia a conexão cheia
de possibilidades entre a música e a sétima arte. A orquestra Bravo,
sob regência do Maestro Dierson Torres, representará a temática
escolhida pra esta edição com uma seleção sonora intitulada ‘Músicas
para cinema’, dando início oficial a uma programação que inclui ainda
homenagens a artistas e, ao longo dos próximos dias, debates com
realizadores.
Com um
número recorde de inscrições este ano (982 ao todo, 230 a mais do que no
ano passado), o festival tem cinco longas nacionais selecionados para a
Mostra Competitiva de Longas-Metragens, oito que integram a Mostra
Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos e 15 compondo a Mostra
Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais. Dos 28 títulos selecionados
para as competições, 15 são inéditos no Brasil.
Fora da competição, na Mostra Hors-Concours, será exibido hoje o filme Grande sertão, novo trabalho de Guel Arraes (O auto da Compadecida), adaptação contemporânea do clássico da literatura Grande sertão: Veredas,
de João Guimarães Rosa, estrelado por Caio Blat e Luísa Arraes. Já a
Mostra Inquietações, da programação paralela do festival, ficará no
Cinema do Porto, no Bairro do Recife, apenas no sábado e no domingo, com
a exibição de nove curtas-metragens, entre eles os pernambucanos Dinho, de Leo Tabosa, Seu Adauto, de Edvaldo Florêncio dos Santos e Estação Janga-Lua, de Rui Mendonça.
Os longas selecionados para a competitiva foram o gaúcho Memórias de um esclerosado, de Thaís Fernandes e Rafael Corrêa; o paulista Cordel do amor sem fim, de Daniel Alvim; o carioca Invisível, de Carolina Vilela e Rodrigo Hinrichsen; o paulista Geografia afetiva, de Mari Moraga e o pernambucano No caminho encontrei o vento, de Antonio Fargoni.
Com
realização de Sandra e Alfredo Bertini, o Cine PE contou na equipe de
curadoria com a jornalista e crítica Nayara Reynaud, o crítico e
programador Edu Fernandes e a professora, crítica e consultora de
roteiro Carissa Vieira, em sua primeira participação como curadora do
evento. “A experiência de participar da curadoria foi super rica
principalmente porque dialogamos muito bem. Nossos pensamentos casam bem
mesmo que cada um tenha visões próprias de cinema. Entramos em
consensos muito proveitosos no sentido de tornar a seleção mais diversa
possível. Buscamos abarcar vários gêneros, grupos sociais e lugares
diferentes do país, porque o nosso cinema é muito plural e sua riqueza
vem justamente dessa pluralidade”, afirmou Carissa ao Viver. “Queremos
que o público se sinta contemplado na tela e consiga aproveitar e
perceber a nossa preocupação e cuidado na hora de fazer a seleção”.
Sandra Bertini falou sobre as expectativas para a abertura do Cine PE. “Após essa retomada na área cultural de todas as artes – da dança ao teatro musical e ao cinema –, a gente percebe que a participação e o envolvimento do público cresceu muito. A cada edição, principalmente após os anos difíceis da pandemia, a gente nota uma motivação das pessoas em comparecer a todos os eventos. Esperamos que a exibição do filme de abertura, Grande sertão, consiga lotar o teatro, em uma noite que vai trazer ainda a orquestra Bravo tocando músicas de cinema e a homenagem a Tânia Alves, que se identifica tanto com a cultura nordestina e pernambucana. O que a gente espera e está observando nos dias que antecedem a abertura, é que terá um grande êxito tanto no primeiro dia quanto em toda a programação”, concluiu Sandra.
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