Paulo Pimenta deixa a SECOM e é mandado para ficar no RS
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, como autoridade federal responsável pela reconstrução do Rio Grande do Sul. A expectativa é que o cargo tenha duração de quatro a seis meses.
Paulo Pimenta, gaúcho e jornalista, permanecerá com o status de ministro. O governo pretende criar o Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul por meio de uma medida provisória. Esse ministério terá como principal função coordenar as ações entre diferentes pastas governamentais, o governo estadual e as prefeituras. Além disso, será estabelecido um gabinete no próprio estado, enquanto Pimenta continuará com sua sala no Planalto.
Como deputado federal licenciado em seu sexto mandato, Pimenta é mencionado como possível candidato do PT ao governo gaúcho em 2026. No entanto, há preocupações dentro do governo de que sua escolha possa politizar os esforços de reconstrução do estado.
Em relação a esse risco, auxiliares de Lula apontam que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), também tem politizado a crise causada pelas chuvas recentes. Existe uma queixa de que, em suas declarações públicas, o governador nunca menciona o nome do presidente, mesmo quando o governo federal anuncia recursos para o estado.
Em conversas privadas, Pimenta afirma manter uma boa relação pessoal com Eduardo Leite e descarta a possibilidade de problemas com o governador.
Lula decidiu criar o ministério extraordinário devido à comoção nacional e internacional gerada pela tragédia no Rio Grande do Sul. Mesmo antes de assumir o cargo, Pimenta já realizou três viagens ao estado após o início das chuvas.
No Palácio do Planalto, o objetivo é tornar a reconstrução do Rio Grande do Sul uma vitrine do governo. O estado possui redutos com forte influência do bolsonarismo, já que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi o candidato mais votado entre os eleitores gaúchos nas eleições de 2018 e 2022.
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