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sexta-feira, 17 de maio de 2024

E OS GAÚCHOS QUE SE LASQUEM

 Lula politiza a tragédia 

Se havia uma certa expectativa por parte da população no Governo nas ações de reconstrução do Rio Grande do Sul, com a decisão do presidente Lula (PT) de politizar a tragédia, escolhendo Paulo Pimenta como ministro da pasta criada com esta finalidade, uma nuvem de desconfiança está pondo tudo abaixo.

Pimenta é gaúcho, adversário do governador Eduardo Leite (PSDB) e pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Sul nas eleições de 2026. Na prática, Lula quer usar a tragédia das águas para fomentar um candidato petista ao Governo gaúcho. Nunca se viu na história recente do País a politização da tragédia ambiental e humanitária.

De forma reservada, integrantes do próprio governo admitem que a escolha de Pimenta tem, também, o componente político de se contrapor às ações do governador Eduardo Leite (PSDB), que estaria, na visão dos auxiliares de Lula, obtendo dividendos. Até ontem, a tragédia no Estado já havia deixado 149 mortos e 108 desaparecidos.

No Planalto, o plano é fazer da reconstrução uma vitrine do governo. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi o mais votado entre os eleitores gaúchos em 2018 e 2022. Antes da oficialização de Pimenta, uma ala chegou a defender o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin para assumir o posto. Mas Lula não embarcou nessa proposta.

Uma avaliação feita no Palácio do Planalto é que Alckmin tem um histórico de 30 anos de militância no PSDB, partido de Leite, e também não é do Estado. Além disso, em razão de seu estilo contido, o vice-presidente não entraria em embates com o governador se fosse necessário.

Acredite se quiser 

Durante o ato em São Leopoldo (RS), na última quarta-feira, em que o Governo anunciou novas medidas de auxílio aos gaúchos, Paulo Pimenta foi oficializado no cargo e apresentado como o ministro que será responsável pela articulação da reconstrução do Estado. Aproveitou e fez um aceno a Leite ao dizer que trabalharia em parceria. Destacou ainda que o trabalho do governo federal é “complementar e suplementar ao do governo do Estado e das prefeituras”. “O presidente me pediu muito que tenha exatamente essa dedicação e essa disposição, governador (Eduardo Leite), de colaborar com o Governo do Estado, com os seus secretários”, afirmou.

Nem um pio para o governador 

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse, ontem, que soube pela imprensa que o presidente Lula indicaria Paulo Pimenta como titular do Ministério Extraordinário de Apoio ao seu Estado. Segundo o tucano, não houve qualquer comunicado prévio por parte de Lula ou de integrantes do governo federal sobre a indicação de Pimenta, antes de ela ser noticiada pela imprensa, na terça-feira passada.

Informado pela Imprensa 

“Estou sabendo pela imprensa. Vou aguardar manifestação oficial. Não estamos sabendo de nada”, afirmou Leite ao ser questionado sobre o que achava da indicação de Pimenta, que é gaúcho, para o posto. Segundo auxiliares de Lula, o presidente só comunicou ao governador oficialmente da decisão durante reunião entre os dois na manhã da última quarta-feira. A indicação de Pimenta foi alvo de críticas por parte de aliados de Eduardo Leite. A crítica se deve sobretudo ao fato de Pimenta ser pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul em 2026.

Palanque eleitoral 

Da tribuna da Alepe, o deputado Alberto Feitosa anunciou, ontem, que enviou ofício ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alertando que há claros indícios de palanque político eleitoral na nomeação de Paulo Pimenta. “Ficou claro que aquilo se tratou de um ato político e não solidário. É um aproveitamento da dor do povo gaúcho. Senhores ministros do TSE, sejam diligentes”, alertou.

Municípios discriminados 

 Presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Marcelo Gouveia, prefeito de Paudalho, lamentou que no pedido que o Governo fez, ontem, ao Supremo, para suspender a liminar tratando da desoneração da folha de pagamento de 17 setores produtivos da economia, os municípios com até 160 mil moradores tenham ficado de fora. Isso, segundo ele, vai colocar um tempero diferente na marcha dos prefeitos em Brasília, na próxima semana. “Foi uma tremenda discriminação com os municípios”, disse.

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