Jornalista Gladstone Vieira Belo morre aos 77 anos no Recife
Gladstone ingressou no Diario de Pernambuco na década de 1960 e chegou a vice-presidente do jornal, onde atuou até o ano de 2014 (Foto: Arquivo pessoal)
Gladstone estava internado há 12 dias no Hospital Real Português
O jornalista Gladstone Vieira Belo morreu na noite desta quarta-feira (27), aos 77 anos de idade. O velório será realizado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. O jornalista era condômino dos Diários Associados. Ingressou no Diario de Pernambuco na década de 1960 e chegou a vice-presidente do jornal, onde atuou até o ano de 2014.
Gladstone sofreu uma queda na calçada da casa da cunhada no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife no domingo retrasado, e estava internado no Hospital Real Português há 12 dias, mas não resistiu e morreu, deixando a esposa Ana Lúcia Tavares Vieira Belo.
Foto: Arquivo pessoal |
Filho de Maria Giselda Nunes Vieira Belo, Gladstone era natural de Garanhuns, no Agreste, e tinha três irmãos: Laís, Romero e Tális. O jornalista estudou no Colégio Diocesano de Garanhuns.
"Foi um dos grandes nomes do jornalismo pernambucano, com inteligência privilegiada e texto impecável. Dono de uma gentileza e hombridade invejáveis. Perde Pernambuco, o jornalismo brasileiro e eu um amigo querido", lamentou Guilherme Machado, atual presidente do Correio Braziliense e ex-diretor executivo do Diario de Pernambuco.
“Gladstone era o grande intelectual do Diario enquanto esteve na redação. Dele, recebia livros, cópias de artigos e tantos outros documentos que fizeram eu produzir minha dissertação de mestrado e minha tese de Doutorado, essa última dedicada a ele. É um jornalista que ficou marcado pela erudição e gentileza”, disse o jornalista e historiador Tércio Amaral.
Foto: Arquivo pessoal |
Gladstone também fez parte da Geração 65, um dos mais importantes movimentos literários do país. O grupo formou-se em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, por volta de 1964. A princípio, o grupo recebeu o nome de "Grupo de Jaboatão", passando a ser conhecido como Geração 65 por sugestão do historiador Tadeu Rocha, que introduziu essa denominação em um breve artigo no Diario de Pernambuco.
A chamada Geração 65, que nasceu sob o incentivo do Diario. A “Geração 65” veio a chamar-se assim porque começou a ser formada por jovens poetas que nesse ano (1965) publicaram no DP os seus primeiros poemas. Uma Geração tipicamente local, de autores pernambucanos. Foi um acontecimento literário. Autores que se tornariam referência ainda hoje, dentro e fora de Pernambuco
O grupo era formado, entre outros, por Alberto da Cunha Melo, Jaci Bezerra, José Luiz de Almeida Melo, Domingos Alexandre, Esman Dias, Marcus Accioly, Tereza Tenório, Lucila Nogueira, Janice Japiassu, ngelo Monteiro, José Rodrigues de Paiva, José Carlos Targino, José Mário Rodrigues, Sérgio Moacir de Albuquerque, Paulo Gustavo, Raimundo Carrero, Maximiano Campos, Cyl Gallindo, César Leal, Arnaldo Tobias, Cláudio Aguiar, Fernando Monteiro, Gladstone Vieira Belo, Lourdes Sarmento, Marco Polo Guimarães, Marcos Cordeiro, Paulo Bruscky, Roberto Aguiar, Sebastião Vila Nova, Sérgio Bernardo, Almir Castro Barros, Laércio Vasconcelos, Tarcísio Meira César e Severino Figueira.
DP
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