Ditadura de Ortega proíbe 4,8 mil procissões na Semana Santa
A ativista diz que, desde o início do período da Quaresma, mais de 4,8 mil procissões foram proibidas na Nicarágua. O governo autorizou apenas o que foi chamado de “procissões populares”.
Os católicos foram obrigados a manter os eventos em torno da igreja
A advogada Martha Patrícia Molina, que investiga a repressão do ditador Daniel Ortega na Nicarágua, tem informado à imprensa internacional que as procissões de Páscoa foram proibidas pelo governo. Para evitar que os cristãos realizassem os eventos, a Polícia Nacional da Nicarágua enviou 4 mil agentes para atuarem na repressão de procissões na Semana Santa.
Segundo ela, as autoridades “fazem isso para intimidar, mas também para garantir que não haja protestos”. Molina diz que a justificativa não faz sentido, uma vez que a Páscoa é um momento para os fiéis pagarem suas promessas, sem pensar nos problemas do país.
A ativista diz que, desde o início do período da Quaresma, mais de 4,8 mil procissões foram proibidas na Nicarágua. O governo autorizou apenas o que foi chamado de “procissões populares”.
Nesta sexta-feira (29), uma via-crúcis restrita ao entorno das igrejas foi realizada pelos católicos nicaraguenses, grupo religioso que tem sido fortemente reprimido pela ditadura de Ortega.
Durante as comemorações de Natal e Ano Novo de 2023, cerca de 20 clérigos foram presos, sendo liberados apenas em 14 de janeiro depois de um acordo com o Vaticano. Eles foram enviados para Roma.
Daniel Ortega Foto: EFE/Jorge Torres
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