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sexta-feira, 29 de março de 2024

CRISE ESCANCARADA

PF expõe investigações sigilosas do Ministério Público estadual sobre o Caso Marielle, faz insinuações e escancara crise

Créditos: Reprodução/Câmara




O extenso relatório da Polícia Federal sobre o Caso Marielle, contendo quase 500 páginas, revelou detalhes das investigações em andamento, as quais estão sob sigilo no Ministério Público estadual. Do ponto de vista da colaboração institucional, promotores e procuradores expressaram ao blog Octavio Guedes/GloboNews apenas duas possibilidades: negligência ou falta de lealdade. Ambas são consideradas altamente prejudiciais para uma parceria eficaz.

Segundo o Ministério Público, as investigações confidenciais dizem respeito à suposta formação de uma organização criminosa e à lavagem de dinheiro, com o Delegado de Polícia Rivaldo Barbosa entre os investigados.

Embora não diretamente relacionadas ao caso Marielle e Anderson, essas investigações foram compartilhadas voluntariamente com a Polícia Federal com base em um acordo de cooperação técnica. Isso ocorreu devido à menção ao nome do delegado Rivaldo pelo colaborador Ronnie Lessa.

Apesar da colaboração entre o Ministério Público e a Polícia Federal, o relatório sugere que o MP prejudicou as investigações ao se opor à federalização, mas foi o STJ que rejeitou essa possibilidade. As promotoras Simone Silibilo e Letícia Emile foram fundamentais para colocar Ronnie Lessa no banco dos réus e obter delações, segundo o relatório da Federal.

A parceria técnica entre o MP estadual e a Polícia Federal agora enfrenta uma crise. A PF menciona três líderes do MP estadual – Homero de Freitas, Eduardo Gussen e Marfan Martins Vieira – sem fazer acusações claras, apenas levantando questões que sugerem uma possível falta de imparcialidade.

No entanto, ao não apresentar acusações diretas nem solicitar investigações adicionais, a PF parece mais interessada em prejudicar reputações do que em ajudar a esclarecer os fatos. É importante notar que, de acordo com análises, um único delegado não teria capacidade de obstruir investigações sozinho, sendo o controle externo uma responsabilidade do Ministério Público.

O Ministério Público optou por ouvir os envolvidos antes de prendê-los, visando a possíveis contradições que poderiam reforçar os pedidos de prisão, mas a PF seguiu seu próprio caminho, lançando críticas ao MP sem evidências concretas.

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