Braga Netto contrariou recomendação da Polícia e bancou indicação de Rivaldo Barbosa para chefia da corporação
A nomeação do delegado Rivaldo Barbosa para a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro em 2018 teria sido contraindicada pela inteligência da corporação, mas mantida e bancada pessoalmente pelo general Walter Braga Netto, interventor na Segurança Pública do estado naquele ano.
Rivaldo Barbosa foi preso na manhã deste domingo (24) pela Polícia Federal. A suspeita é de que ele tenha atuado para impedir a resolução do assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes. As informações são da jornalista Ana Flor, da GloboNews.
Indícios colhidos por investigadores apontariam, segundo apuração do site g1, que Barbosa prometeu, ainda antes do crime, que Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, supostos mandantes do assassinato, ficariam impunes.
Na GloboNews, a reportagem afirma que “a nomeação de Rivaldo Barbosa para a chefia da Polícia Civil, lá naquele momento [2018]…vamos lembrar: um dia antes da morte de Marielle Franco…essa nomeação foi contraindicada pela área de inteligência, mas ela foi bancada por Braga Netto“.
Não está claro, ainda, as motivações do setor de inteligência da corporação fazer a recomendação de barrar a indicação do delegado, que comandava o Departamento de Homicídios da Polícia Civil, antes de assumir o comando geral da corporação.
Também ainda falta elucidar o que levou Braga Netto a manter a nomeação mesmo diante das evidências levantadas. O general, importante frisar, ainda não comentou o caso.
Segundo informações antecipadas por Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, em entrevista ao blog de Ana Flor, as circunstâncias da nomeação de Barbosa serão alvo de uma investigação específica da Polícia Federal. Mais detalhes foram prometidos para a coletiva de imprensa do ministro Ricardo Lewandowski, programada para a tarde deste domingo.
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