Gilson Marques: ‘pedi vistas para Brazão continuar preso’
"Caso contrário, ele poderia ter sido solto na data de ontem", observou o parlamentar.
O deputado Gilson Marques (Novo-SC) falou ao Diário do Poder sobre as críticas que recebeu após pedir vistas sobre a análise da prisão do deputado Chiquinho Brazão, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). “Fiquei surpreso com as críticas. Primeiro, que a maioria que criticou sequer leu minimente qualquer parte do processo, do relatório da Polícia Federal e da decisão do ministro Alexandre de Moraes. Segundo, que o deputado já está preso. Temos que ter pressa é em prender aqueles criminosos que estão soltos”, analisou.
O parlamentar acrescentou que os documentos que devem embasar a prisão de Brazão, envolvendo as investigações da Polícia Federal e a decisão do Supremo, não estavam no Sistema no dia da primeira reunião da CCJ que tratou do tema. Ele aponta para o risco do questionamento dos moldes em que a votação se daria na última terça-feira (26), tanto pela Justiça quanto pelo plenário da Câmara.
E completou: “O meu pedido de vistas é para a garantia de que ele continue preso. Caso contrário, ele poderia ter sido solto na data de ontem. Foi o melhor a ser feito, em todos os sentidos, para evitar que defesa alegue cerceamento do devido processo legal. O que as pessoas não entendem é que o deputado continua preso porque eu pedi vistas”.
Advogado, Gilson Marques observou: “quando o réu está preso, é que ele quer que o processo corra porque ele tem expectativa de ser solto, quando está em liberdade provisória, quer que o julgamento demore”. Perguntado quanto ao clima na CCJ sobre a prisão de Brazão, Marques ainda afirmou que o apelo social sobre o crime imputado ao deputado deve mantê-lo na cadeia e declarou: “Não tenho sensibilidade em ajudar o preso”.
Deborah Sena
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