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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

ATENTADO AO FORTALEZA

Departamento Médico identifica mais de 1.200 lesões em atletas do Fortaleza após atentado

O caso mais grave foi do lateral-esquerdo Escobar, o atleta levou 13 pontos (Foto: Mateus Lotif/FEC)


Ônibus do Fortaleza sofreu um atentado após empate contra o Sport, na última quinta-feira (22), em confronto pela Copa do Nordeste


Uma das cenas de violência no futebol brasileiro mais impactante do ano, o atentado contra a delegação do Fortaleza na madrugada da última quinta-feira (22) deixou mais de 1.200 lesões físicas nos jogadores. Em entrevista ao GE, o diretor do Departamento de Performance do clube, o médico Cláudio Maurício, confirmou o número acentuado de lesões, sofridas pelos atletas do Leão do Pici. 

“Nós estamos falando de seis atletas periciados. Dos seis, eu acompanhei pelo menos 1.200 lesões nesses atletas. A natureza das lesões fala por si só. Temos lesões contusas, perfurantes, queimaduras de segundo grau, lesões com deformidade definitiva. Temos lesões que não vão se apagar mais, que são cicatrizes definitivas”, iniciou o médico. 

“Não tenho dúvidas de que não estamos hoje velando alguém por segundos ou pela mão de Deus. Porque muitas das lesões poderiam ser fatais por centímetros”, acrescentou. 

Além das escoriações físicas, há uma preocupação entre os médicos do Fortaleza sobre possíveis traumas psicológicos.” Isso é difícil de mensurar, mas os estudos já mostram que o estresse pós-traumático tem efeitos, têm causas somáticas real. Não é apenas a forma que você reage, aquilo tem alterações hormonais de alguns segmentos cerebrais que levam à mudança na sua rotina mesmo”, revelou. 

Entre os feridos, o caso mais grave, foi do lateral-esquerdo Escobar, o jogador levou 13 pontos e foi diagnosticado com um traumatismo cranioencefálico, além das múltiplas lesões.”A situação do Escobar é de dar dó, o que ele está passando nesses primeiros dias. No primeiro momento ele não tinha condição nem de ir ao hospital mais especializado. Ele foi para o hospital mais próximo e deu entrada na UTI até recobrar a consciência e poder ter os primeiros cuidados”, explicou. 
 
Investigação policial 
 
Na última sexta-feira (23), em reunião entre autoridades policiais, da justiça, clubes e Federação. Diante disso, o chefe da Polícia Civil, Renato Rocha, afirmou que, desde o primeiro momento, a corporação vem trabalhando "incessantemente" para encontrar os responsáveis pelo ataque. "A gente já está com um prognóstico bom da investigação e acreditamos que vamos chegar a alguns responsáveis por esse ato. Já temos algumas pessoas identificadas. A gente acredita que vamos chegar a uma organização", declarou. Ele afirmou, ainda, que, em breve, espera  dar a resposta sobre a investigação.

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