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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

DESPEDIDA

Dor, revolta e homenagem da SDS marcam velório de menino atropelado em condomínio

Os pais da criança mostraram bastante abalados com o ocorrido e buscaram apoio nos familiares, amigos e vizinhos que compareceram ao velório (Foto: Ruan Pablo/DP)


Asafe Teófilo dos Santos, de cinco anos, foi sepultado no Cemitério Santo Amaro, no Recife

Os sentimentos de dor e revolta marcaram o velório e sepultamento do menino Asafe Teófilo dos Santos, de cinco anos, na tarde desta quinta-feira (4) no cemitério Santo Amaro, no Recife. A criança foi vítima de um atropelamento na noite de quarta-feira enquanto brincava de bicicleta dentro do condomínio onde morava, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. 

Durante o sepultamento, flores foram jogadas de um helicóptero por uma equipe da Secretaria de Defesa Social (SDS) como homenagem ao menino, que era filho de um policial militar. Centenas de pessoas compareceram ao velório e um ônibus foi fretado pelo síndico do prédio, Wagner Silva, para levar os condôminos para a despedida da criança. Os moradores do condomínio Recanto do Sol realizarão um momento de oração no local do acidente às 20h30 desta quinta-feira.

“É como se fosse alguém da nossa família, alguém que realmente deixa saudade. A gente está falando de uma criança de cinco anos de idade, que poderia ser nosso filho. Nós esperamos que a justiça seja feita na perícia e quero destacar que as pessoas nesse momento estão mobilizadas e ainda hoje vai haver uma vigília no condomínio feita pelas mães em apoio à família da criança”, contou Wanderson Medeiros, um dos moradores do condomínio.

Os pais de Asafe Teófilo dos Santos não quiseram gravar entrevista durante a despedida do filho. Eles se mostraram bastante abalados com o ocorrido e buscaram apoio nos familiares, amigos e vizinhos que compareceram ao velório. 

Uma das tias da mãe da criança, que não quis se identificar, relatou que Asafe tinha pedido à mãe para dar mais uma volta de bicicleta antes de voltar para o apartamento. Quando ele estava arrastando a bicicleta, foi atingido pelo carro de uma moradora que estaria em uma velocidade acima do permitido, segundo um perito criminal.

Após o acidente, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados. Uma moradora que não quis se identificar contou que outra condômina que é enfermeira fez os atendimentos de primeiros socorros na vítima e que o processo de reanimação durou cerca de 30 minutos. Os residentes ficaram abalados quando viram a cena do menino cercado de sangue no chão.

Motorista está em liberdade provisória

A Justiça concedeu liberdade provisória à mulher de 25 anos que atropelou o menino Asafe Teófilo dos Santos, de 5 anos. A motorista foi acusada de homicídio culposo enquanto dirigia um veículo automotor. O crime está previsto no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A pena é de prisão de 2 a 4 anos e suspensão ou proibição de obtenção de autorização ou carta de condução de veículo automóvel.

"Foi concedida liberdade provisória ao condutor com aplicação das seguintes medidas cautelares:

1 - Não se ausentar do distrito onde reside por mais de oito dias sem comunicação prévia à autoridade de processamento;

2 - Comparecimento mensal perante o Juiz Natural para efeito de comprovação de suas atividades;

3 – Suspensão da Carta Nacional de Condução", informou o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), em nota.

O carro que a motorista estava possui multas que foram constatadas no no portal do Departamento de Trânsito, entre elas avanço de sinal vermelho, velocidade alta e transitar em local não permitido e faixa exclusiva. 

A informação de que ela tinha pelo menos 20 infrações no condomínio por dirigir em alta velocidade foi desmentida em um comunicado oficial emitido pelo síndico. "É inverídica a informação de que o veículo possuía mais de 20 ocorrências de alta velocidade sem apuração pelo condomínio. Em consulta ao aplicativo de denúncias, que são realizadas pelos próprios moradores, nada foi encontrado em relação à unidade, ou seja, não houve nenhuma ocorrência deste tipo, nem tampouco ausência de apuração pelo condomínio", destaca a nota.

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