Zema critica ‘saidinha’, após PM levar tiros na cabeça por bandido liberado
Governador mineiro questiona inércia do Congresso em mudar legislação ultrapassada que gera insegurança
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) condenou a inércia do Congresso Nacional em não extinguir a legislação que permite a “saidinha” de presos condenados por crimes, como o que atirou na cabeça do do sargento Roger Dias, 29, durante perseguição policial na capital mineira, Belo Horizonte, na noite de sexta-feira (5). Para Zema, o benefício previsto na Lei de Execução Penal, em períodos natalinos, resulta em insegurança para todos brasileiros.
“Leis ultrapassadas podem tirar a vida de mais um policial em Minas. Bandidos com histórico de violência são autorizados para “saidinha”, que resulta em insegurança pra todos brasileiros. Passou da hora disso acabar. A mudança tá parada no Congresso. Até quando?”, criticou Zema, que rivaliza com o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O policial militar baleado duas vezes na cabeça, quando abordava dois suspeitos de roubar um carro, está internado em estado gravíssimo, com quadro irreversível por não haver possibilidade de retirada das balas alojadas em seu cérebro. Um dos disparos rompeu a artéria da perna do sargento, mas a hemorragia foi contida na cirurgia. Dias foi socorrido no Hospital Risoleta Neves, depois transferido para o Hospital João XXIII.
E o autor dos disparos foi identificado pela polícia mineira com 18 registros de passagens na Polícia Militar, por crimes como roubo, tráfico, falsidade ideológica, receptação, ameaças e agressão. Ainda assim, foi beneficiado pela “saidinha” no último natal, beneficiado com o argumento legal de tentativa de ressocialização.
O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ), também condenou o caso, lembrando que a saidinha temporária do fim de 2023 liberou milhares de criminosos que não retornaram para a cadeia e seguem nas ruas cometendo crimes impunemente. “Esse é o caso do vagabundo que assassinou um policial militar em BH. Se o PM tivesse atirado, imprensa, MP e esquerda estariam todos o atacando. Foi morto covardemente e nenhum desses sairá em sua defesa”, afirmou Jordy.
O deputado publicou o vídeo do crime no momento da abordagem, atribuído ao site Itatiaia:
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