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sábado, 2 de dezembro de 2023

NOVO TREMOR EM ALAGOAS

Maceió: área de mina registra novo tremor e aumenta risco de colapso

Vista geral da região que engloba os bairros Pinheiro, Mutange, Bom Parto e Bebedouro, em Maceió. Moradores tiveram que deixar suas casas devido a instabilidade do solo (Foto: Robson Barbosa/AFP)


Novo tremor deixa a população de Maceió em alerta máximo. Segundo a Defesa Civil do estado, foi registrado um abalo sismo de 0,89 na madrugada. Nas últimas 24h, foi identificado que a região registrou aumento de 13 cm na área da mina 18

A área da mina 18 da Braskem, em Maceió, registrou um novo tremor na madrugada deste sábado (2/12). Em nota, a Defesa Civil, afirmou que foi registrado um abalo sismo com magnitude de 0,89 a cerca de 300 metros de profundidade.

O deslocamento vertical acumulado da mina, localizada no antigo campo de futebol do CSA, no bairro de Mutange, é de 1,56 cm e velocidade de 0,7 cm por hora. Nas últimas 24 horas, com base em análises sísmicas, foi identificado que a região registrou movimento de 13 cm. A mina, de exploração de sal-gema, pode colapsar a qualquer momento, já que existe um aumento significativo de movimentação da mina 18, deixando a população maceioense em alerta.

“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, informou o órgão, em nota divulgada na manhã deste sábado.

Imóveis desocupados
 
O governo federal autorizou o reconhecimento do estado de emergência em Maceió, por 180 dias, em razão do afundamento da mina. Até o momento, 14 mil imóveis foram desocupados, afetando 55 mil pessoas.

Conforme o Correio mostrou hoje mais cedo, o ministro dos Transportes, Renan Filho, disse, ontem, que a petroquímica Braskem será responsabilizada civil e criminalmente pelo problema. Ele afirmou que a União está atuando para minimizar os impactos da tragédia e ressaltou que a empresa deverá pagar por todo prejuízo ambiental e financeiro causado.
“O governo federal enxerga que a gente tem que ter esforços para trabalhar pela solução. Agora, quem deve pagar pelo dano é a Braskem. Ninguém deve se responsabilizar por isso. Nem para o governo federal, nem para o governo do estado, nem para a prefeitura”, disse a jornalistas.

O problema se deu na extração do sal-gema na região, que começou no início da década de 1970. O minério é utilizado para fabricar soda cáustica e PVC. Os primeiros problemas de rachadura das minas ocorreram em fevereiro de 2018. Em março daquele ano, ocorreu um tremor considerado grave, que atingiu as crateras no solo e atingiu estruturas de imóveis dos moradores da proximidade.

 
Correio Braziliense. 

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