Girão critica leniência de Lula sobre denúncias contra ministro
Girão citou 'conchavos nefastos' envolvendo ministro das Comunicações
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou “excessiva leniência do governo” em relação à corrupção ao citar denúncias contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
“Em março, o mesmo jornal Estadão descobriu que houve a nomeação de Gustavo Gaspar, seu sócio num haras onde cria cavalos de raça no Maranhão, como funcionário fantasma no gabinete da Liderança do PDT no Senado com um salário de R$ 17 mil por mês. Não é preciso dizer que ele nunca compareceu ao trabalho, nunca bateu ponto. Na mesma época, ele nomeia a irmã de Gustavo como assessora especial do Ministério das Comunicações com salário de R$ 13 mil por mês. É uma farra completa com o dinheiro do contribuinte. É nosso dever combater esse tipo de abuso com o dinheiro do povo brasileiro”, cobrou o parlamentar.
Girão ainda citou outras denúncias contra o ministro de Lula, como uso irregular de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para comparecer a um leilão de cavalos de raça e suspeitas que pesam contra Juscelino por suposto elo em irregularidades em contratos no valor de R$ 36 milhões da prefeitura de Vitorino Freire, no Maranhão, além de contratos sem licitação realizados pela prefeitura de São Luís com uma empresa ligada à família do ministro.
“Quero também refletir sobre as razões de tanta condescendência com esse suposto crime por parte da Presidência da República. Um governo que aumentou de 23 para 37 o número de ministérios com o triste objetivo de alimentar a velha prática da barganha política, do toma lá dá cá, dos conchavos nefastos, é algo que a gente começa a entender o que é que está acontecendo. Um governo que, a cada mês, altera para cima a expectativa do rombo nas contas públicas; era, no início do ano, de R$ 50 bilhões; na última avaliação, já chegou a R$ 174 bilhões o déficit deste governo. Um governo que já gastou R$ 1 bilhão apenas com viagens, com viagens, dando um péssimo exemplo de desperdício à nação”, finalizou o senador.
Rodrigo Vilela
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