Em conversa com dono da Paper, Joesley diz ter ‘articulações políticas’
Dono da J&F se recusa a cumprir contrato de venda da Eldorado Celulose
O acionista da Paper Excellence, Jackson Wijaya, aceitou se encontrar com Joesley Batista, sócio da J&F Investimentos, na manhã desta segunda-feira (27), em Frankfurt, após audiência no Tribunal Arbitral, em 30 de outubro, quando foram discutidas, sem solução, questões de governança corporativa da Eldorado Celulose.
No encontro, Joesley tratou como “expirado” o contrato que assinou em 2017 e – assim como ocorreu (EUA) cinco anos atrás – voltou a propor “novos termos” para entregar o controle da Eldorado, mesmo após o Tribunal Arbitral e a Justiça de São Paulo terem reconhecido, por exemplo, que a J&F agiu de má-fé e que o contrato continua válido. Como moeda de barganha, segundo fontes da Paper Excellence, Joesley argumentou ter “articulações políticas” no Brasil e que a “melhor alternativa” seria iniciar a negociação numa “folha em branco”.
O dono da J&F surpreendentemente também citou as autorizações prévias que ele agora alega seriam exigidas para compra de terras por estrangeiros, mesmo tendo garantido em cláusula contratual que não seriam necessárias autorizações do gênero – pois a Paper não comprou propriedades rurais no Brasil e sim um complexo industrial, localizado no município de Três Lagoas.
Jackson Wijaya chegou na reunião disposto a encontrar uma solução para encerrar o litígio na Justiça que já dura cinco anos. Num gesto de boa vontade, sinalizou que um acordo sobre o valor a ser indenizado pela J&F por danos poderia ser negociado após o fechamento do negócio nos termos já acertados em 2017, conforme determinou o Tribunal Arbitral e a Justiça brasileira.
Em nota, a Paper lamentou que a intenção do empresário brasileiro não tenha sido buscar a melhor solução para as partes, mas sim uma tentativa de intimidação alegando eventuais articulações que talvez possam ‘respaldar’ sua resistência de reconhecer a decisão arbitral e entregar a empresa que vendeu, seguindo com o litígio na Justiça do Brasil.
Ele tem dinheiro para comprar a justiça no Brasil mas não acredito que essa seja a solução fora do Brasil. A não ser que fosse em Cuba, na Venezuela, na Coreia do Norte ou na China, países cuja "democracia relativa " e " justiça " são muito parecidas com a nossa.
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