Viveiros ilegais de camarão e danos ecológicos são encontrados em operação na Ilha do Zeca, no Recife
Ação foi realizada nesta terça-feira (21) pela Brigada Ambiental da prefeitura e PMs da Cipoma
A Brigada Ambiental do Recife e policiais militares da Companhia Independente do Meio Ambiente (Cipoma), da Polícia Militar (PM), deflagraram uma ação na Ilha do Zeca, em Afogados, na Zona Oeste do Recife, nesta terça-feira (21).
Após a operação, a PM disse, por meio de nota, que constatou no local a existência de uma fazenda clandestina de viveiros de camarão. A Prefeitura do Recife localizou pontos de queimadas ilegais que causam dano ambiental.
As ações foram realizadas após denúncias da existência de queimadas ilegais e de estruturas de viveiros ilegais na comunidade, que fica às margens do Rio Capibaribe.
Viveiro de camarão foi instalado na comidade da Ilha do Zeca, no Recife (Foto: Rômulo Chico/DP) |
Também na nota, a assessoria de imprensa da PM informou que foram retirados detritos das margens do rio. Além disso, um equipamento conhecido como arejador foi apreendido em uma fazenda clandestina de camarão.
A assessoria de imprensa da prefeitura disse que foi constatada pela equipe da Brigada Ambiental “a existência de queimadas ilegais no local”. Segundo a administração municipal, os agentes desmontaram as “estruturas encontradas no local” e recolheram todo o material para fazer a “destinação correta”.
Ainda de acordo com a gestão municipal, essas irregularidades prejudicam o bioma verde do local, configurando assim como crime ambiental, sujeito ao pagamento de multas e apreensão de equipamentos.
O responsável poderá pagar multa de até R$ 10 mil por cada árvore atingida pelas queimadas, mas ninguém ainda foi identificado e preso.
A reportagem do Diario esteve presente na Ilha do Zeca, na manhã desta terça, e conversou com moradores da localidade.
O local é de difícil acesso. Para chegar ao local, é preciso ir a pé, em um trecho rodeado de becos e casas humildes, que ficam às margens do rio. Com medo de represálias, moradores não quiseram repassar informações.
Por: Wilson Maranhão
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