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quinta-feira, 2 de novembro de 2023

DIA DE FINADOS

Milhares de recifenses visitam cemitérios no Dia de Finados

Emoção e saudade estamparam rostos dos amigos e familiares (Crédito: Rafael Vieira/DP Foto)


Túmulos localizados em Santo Amaro, Parque das Flores, Tejipió, Várzea e Casa Amarela receberam homenagens

Mais de 20 mil pessoas compareceram aos cinco cemitérios públicos localizados na Região Metropolitana do Recife neste Dia de Finados. É uma quantidade reduzida em comparação aos anos que antecederam a pandemia de Covid-19. De entes queridos às personalidades públicas, familiares e amigos voltaram a prestar homenagens àqueles que partiram. A programação também contou com missas durante o período da manhã e da tarde.

A reportagem do Diario conferiu de perto a movimentação neste feriado. No cemitério de Santo Amaro, localizado na região central do Recife, o túmulo mais procurado era o da Menina Sem Nome, atraindo uma multidão de devotos que ofereciam bolos, doces, refrigerantes e brinquedos. “Ela é um milagre de Deus. Foi humilhada e estrangulada, mas Jesus deu poder a ela para estar aqui. Quanto mais pessoas vem aqui, mais graças são alcançadas”, conta Cicera Elias da Costa, de 68 anos, que realizou os preparativos para acomodar os fiéis.

As lápides Miguel Arraes e Eduardo Campos também são procuradas pelos seus apoiadores em Santo Amaro. Admirador de Arraes desde 1978, quando chegou no Recife, Marcio Roberto Cariani, 62, também sente apreço pelo filho que continuou o legado do pai como governador de Pernambuco. “Eduardo era uma pessoa que abraçava rico e pobre. Meu pai, minha mãe e meus irmãos gostavam. Todos os anos, enquanto Deus me der vida, sempre vou passar aqui”, garante. 

No cemitério Parque das Flores, localizado em Tejipió, na Zona Oeste do Recife, Helena Maria, de 66 anos, fez uma visita aos jazigos de seus pais, que estão sepultados lado a lado. Contudo, essa não é a única ocasião em que ela se reúne novamente com os pais. “Venho todos os anos, sempre no Dia de Finados, mas também aos sábados e domingos, não apenas no aniversário de nascimento e de morte. Eles estão presente todos os dias”, afirma. 
 
Roberto Estima foi ao cemitério acompanhado de sua mãe e irmão para prestar homenagem em memória de seu pai, que faleceu no decorrer deste ano. Menos de um mês depois da visita em seu aniversário, Roberto retornou ao local. “Voltei hoje pra conversar e homenageá-lo. Ele está em um lugar melhor”, disse. 

DP

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