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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

CASO ALDEIA

Defesa de Danilo diz que ele precisa receber "carta de alforria emocional" em júri popular

Danilo Paes (direita) acompanhado de advogado, na saída do Fórum Desembargador                                                                                                                                                  Agenor Ferreira de Lima - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco


Mãe de Danilo Paes, Jussara Paes foi condenada pela Justiça em 2019 e está presa; ela foi informante no julgamento



O engenheiro Danilo Paes, acusado de ter participado do crime que tirou a vida do próprio pai no ano de 2018, está sentado na cadeira de réu no julgamento que teve início na manhã desta terça-feira (24), em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

Na visão do advogado Rafael Nunes, o engenheiro precisa de uma “carta de alforria emocional” para ser absolvido do caso. O termo faz alusão à libertação de escravos.

“Eu estou muito confortável e tranquilo. Tenho certeza que o meu cliente será absolvido. Danilo entrou pela porta da frente, chateado e castigado emocionalmente, ele precisa da sua carta de alforria emocional, para ser reconhecido como inocente”, disse Nunes.

Reforçando a tese de que o filho do homem assassinado é inocente, Nunes detalhou dois dos testemunhos que aconteceram pelo período da manhã. 

“O cheiro da inocência de Danilo está ecoando no plenário. Foram ouvidos dois peritos. Um se perdeu o tempo inteiro. Perguntei porque Jussara não teria condições (de praticar o crime) sozinha e teria que ter uma segunda pessoa, e o silêncio reinou. Ele assinou a reprodução simulada e não conseguiu sustentar a própria perícia que assinou. O segundo perito foi imparcial, um médico legista. Contribuiu imensamente para o processo e a defesa. Tudo o que Jussara afirmou está de acordo com a perícia”, disse.

A mãe de Danilo, Jussara Paes, foi condenada pela Justiça em 2019 a cumprir uma pena de 19 anos e 10 meses pelo crime que tirou a vida de Denirson Paes da Silva, seu marido à época. Ela deixou o presídio escoltada por uma equipe da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) e foi até o julgamento na condição de informante, sem ter que cumprir o juramento de falar a verdade.

O irmão de Jussara, a ex-namorada de Danilo e um homem apontado como o responsável por abrir o poço em que o corpo de Denirson estava esquartejado ainda serão ouvidos.

A previsão é de que o júri popular se estenda por quatro dias, segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Por Ana Beatriz Venceslau

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