Com 88 embarcações e mais de 700 velejadores na disputa, é dada a largada da 34ª Refeno
A Regata Internacional Recife Fernando de Noronha lotou a praça do Marco Zero. Confira as fotos do evento
Na tarde deste sábado (23), foi dada a largada da 34ª edição da Regata Internacional Recife Fernando de Noronha (Refeno), a maior regata oceânica da América Latina. A largada das 300 milhas náuticas (560 km) aconteceu às 12h, no Marco Zero, área central da capital pernambucana. Ao todo, 95 barcos, de 15 estados do Brasil e três estrangeiros, foram inscritos. Contudo, por questões de segurança instituídos pela Marinha do Brasil, 88 barcos zarparam em direção ao Arquipélago.
O evento contou com a presença do Comandante da Marinha do Brasil, almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, além de outros membros de alta patente. O Comodoro do Cabanga Iate Clube, Delmiro Gouveia falou com a Folha de Pernambuco.
“A expectativa é a melhor possível torcer para que façamos mais uma regata sem incidentes, esta que está contando com 88 embarcações, algo em torno de 770 velejadores, e o público presente. O Marco Zero está lotado, muita atividade cultural, e a participação de toda a sociedade pernambucana, demonstrando a importância do turismo náutico, para o Estado, para o Nordeste e para o Brasil. Esta é uma regata feita a quatro mãos, pelo Governo do Estado, pelo Cabanga Iate Clube, pela sociedade pernambucana e pela Marinha do Brasil”, contou o Comodoro.
Esta edição foi a maior da história, tanto em número de embarcações, como de velejadores. A praça do Marco Zero estava lotada de turistas e recifenses que aguardaram ansiosamente a largada da Refeno.
“Nós somos entusiastas da vela, torcemos para que essa cultura se expanda em Recife, uma cidade com um litoral ideal para a prática deste esporte. Vamos torcer para alguém daqui de Pernambuco vencer a regata”, relatou Paulo César, 61, e Luciana Lindoso, 52. O filho do casal, Theo, de 12 anos, atualmente faz parte da escolinha de Optimist, um pequeno barco monotipo de bolina, recomendado para crianças de 7 a 15 anos.
Quem também marcou presença no evento foi Thallyta Figuerôa, Administradora Geral da Autarquia Territorial do Distrito de Fernando de Noronha, que deu entrevista à Folha de Pernambuco.
“A gente espera o ano inteiro pela regata, esta é a minha primeira Refeno participando como administradora da Ilha. Temos grandes expectativas, sabemos que este evento fomenta o turismo, e, sobretudo, o olhar e a sensibilidade da ação que leva pequenos eventos para a ilha voltado para o social. Temos grande esperança que será uma regata segura e sustentável, que é um dos nossos maiores objetivos”, contou Thallyta
Carbono Zero
A Refeno deste ano contou com uma novidade, no intuito de deixar o evento mais sustentável. Com apoio do Genio Carbon, 2023 vai marcar a primeira regata oceânica carbono neutro da América Latina. A plataforma de gestão de inventário de gases do Efeito Estufa, desenvolvida pela Ambipar Group, está realizando a mensuração das emissões no evento, para classificar e quantificar as emissões de gases do Efeito Estufa. Com isso, contribuirá com a descarbonização e, consequentemente, diminuirá o impacto climático. O procedimento engloba toda energia gerada nos 11 dias de evento.
“A atividade de vela já é naturalmente sustentável, você vai com a força do vento. Mas todas as atividades correlatas emitem gases do efeito estufa. Temos um software que faz o cálculo para empresas e eventos, e vamos fazer para a Refeno. Serão compensados deslocamento de palestrantes, trabalhadores, equipe que vai de avião, combustíveis de veículo, barcos de apoio, combustível dos geradores, gases emitidos por alimentação, energia elétrica, etc. São cálculos validados internacionalmente e é mais um compromisso do Cabanga e da Refeno em ser a primeira regata na América Latina carbono zero, tornando a atividade ainda mais sustentável”, declarou o estrategista de negócios da Ambipar, Marcos Vinícius.
O evento contou com a presença ilustre do Adrenalina Pura, barco recordista da Refeno. Foram sete participações e em todas foi o Fita Azul (2000/2001/2002/2005/2006/2007 e 2008), é o maior campeão da prova. Após um hiato de 15 anos fora da competições, o barco foi adquirido pelos sócios do Cabanga Avelar Loureiro, Humberto Carrilho e Cecília Peixoto, e zarpou nesta edição em direção ao arquipélago de vento em popa. O Aventureiro 4, vencedor da Fita Azul na última edição, também marcou presença. Também esteve o barco Atrevida, que completou 100 anos de existência em maio de 2023.
Por Vinícius Melo
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