Polícia investiga grave agressão a menino de dez anos em colégio particular
Caso ocorreu em unidade do Colégio Boa Viagem na Zona Norte do Recife. Instituição de ensino diz que entrou em contato com as famílias dos envolvidos (Ruan Pablo/ESP DP)
Na última quarta-feira (23), a polícia iniciou as investigações sobre o caso de uma criança de dez anos que foi agredida na quadra do Colégio Boa Viagem, no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife. O menino chegou em casa muito ferido, com hematomas pelo corpo e dores, alegando ter sido atacado por outros alunos de sua classe.
"Estamos tomando as medidas cabíveis, porque a escola tem que responder, ela tem que pagar por essa negligência, por essa omissão. Não conseguiram assegurar a integridade física e psíquica do meu filho. Estou correndo para que outros pais e crianças não passem por isso”, disse o pai da vítima. Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Diario não divulgará nomes dos envolvidos.
O pai relatou que o filho é diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e já sofria bullying no colégio. Havia, segundo ele, algum temor. Apesar de denunciar os casos anteriores ao colégio, o pai relata que não houve providências tomadas pela instituição para evitar novas ofensas e a violência que, infelizmente, acabou ocorrendo no ambiente escolar.
Em nota divulgada à imprensa, o Colégio Boa Viagem relatou que "está em contato com as famílias de todos os meninos que participaram do incidente, prestando suporte e tomando providências pedagógicas e disciplinares".
A criança foi encaminhada à emergência de um hospital, onde foi examinado e constatado que ele não sofreu lesões internas. Após o atendimento, o pai foi até à polícia registrar o boletim de ocorrência.
AMEAÇA DE MORTE
“Nesse momento, ainda não sentamos com profissionais para saber qual seria a medida mais cabível. Vamos estudar, analisar e ver qual será a melhor opção. Estou dando esse tempo para meu filho, por ser recente. Ele está com medo, com receio de voltar à escola, até porque, após a agressão física, o mesmo sofreu ameaças. Caso contasse a história para a diretoria ou para mim, disseram que matariam meu filho. Ele tem amigos no colégio, e isso o deixa muito confuso”, relatou.
Segundo nota da Polícia Civil, "as investigações foram iniciadas e seguem até esclarecimento do caso". Detalhes sobre o caso não foram divulgados até o momento. O caso está com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) do bairro do Benfica, Zona Oeste do Recife. O exame realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) sai em dez dias.
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