Sem calendário nacional em 2024, Marino Abreu aponta desvalorização da SAF do Santa Cruz
Conselho Deliberativo comenta desvalorização da SAF coral (Foto: Paulo Paiva/DP FOTO)
Os débitos do Santa Cruz num processo de Recuperação Judicial preocupa os credores que acabam não tendo confiança na instituição
Com a consumação da eliminação do Retrô na Série D, o Santa Cruz sofreu um grande impacto no processo de venda da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube. Se dentro das quatro linhas, o Mais Querido vem enfrentando uma derrocada sem fim, por outro lado, os
bastidores coral convive com uma guerra de poderes. O presidente do Conselho Deliberativo tricolor, Marino Abreu, destacou que a ausência de calendário nacional no próximo ano, interfere, diretamente na desvalorização da marca da instituição.
“A gente começou um processo da Série D é querendo ou não, o Santa Cruz é o grande da série, a expectativa era gigante de subir. Com a Recuperação Judicial, ou seja, a SAF ia pegar uma dívida menor, estruturada e parcelada. Agora a gente se depara com a situação que a gente sequer tem calendário, então é complicado. Naturalmente, o produto fica menos atrativo. Então assim, a gente não consegue entender várias coisas, porque assim o presidente sempre falou uma acusação leviana de queriam vender o Santa Cruz a preço de banana podre. Se lá atrás, era preço de banana podre, agora vai ser a preço do quê?", iniciou o mandatário.
Como é que você desvaloriza o produto dessa maneira, o produto foi muito desvalorizado. Então, como minha mãe sempre falava, sabe? Nunca aponte o dedo na cara de ninguém. Porque sempre tem quatro apontados de volta para você. Então, o presidente se preocupou muito de ficar falando que a culpa era da gestão anterior, e ele esqueceu de fazer o dever de casa”, completou.
Além disso, Marino Abreu detacou a incompetência da atual gestão, que culminou num dos piores anos da história dentro das quatro linhas.“Então, ele se cercou de pessoas sem competência para gerir o clube, sem competência pra tocar o futebol e acontece que agora a gente está sem calendário, depois de dois anos desastrosos, sem classificar para competição nenhuma e em vias de de vender uma SAF, com um produto extremamente derrubado. No sentido, assim, de tipo o produto foi muito desvalorizado”, avaliou.
O mandatário do conselho comentou sobre os atrasos salariais no Santa Cruz. Os débitos do clube num processo de Recuperação Judicial preocupa os credores que acabam não tendo confiança na instituição.“Quem decide pela aprovação ou não da recuperação, não é o juiz, são os credores. O Santa Cruz está dizendo assim, eu tenho essa dívida aqui e eu vou pagar, eu estou dando um exemplo aqui, eu vou pagar 20% da dívida dividido em dez anos. Mas a partir do momento que a gente faz o parcelamento da dívida com os credores, não podemos atrasar esse parcelamento. Mas para o credor confiar em mim, eu tenho que mostrar que eu estou pagando minhas contas em dia. O recado que a gente está dando é que talvez a gente não consiga”, declarou o presidente do conselho.
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